Preso desde 2012, Renato Alexandre Cury Martinelli foi julgado nesta quinta-feira (14) em júri popular também por tentativa de estupro de outra menina, de 4 anos. Ele é ex-namorado da mãe de Vitória Graziela e confessou o crime em Bauru (SP).
Por G1 Bauru e Marília
O homem acusado de estuprar, matar e depois queimar o corpo de uma menina de 6 anos em Bauru (SP) foi condenado a 50 anos de prisão durante júri popular realizado na cidade nesta quinta-feira (14). A sessão do júri durou cerca de nove horas.
Renato Alexandre Cury Martinelli está preso desde em 2012, quando aconteceu o crime contra a menina Vitória Graziela Fernandes de Lima. No julgamento, ele também foi condenado por tentativa de estupro de outra criança de 4 anos, vizinha da vítima, poucos meses antes do homicídio de Vitória Graziela.
Renato Martinelli, de 45 anos, passou a maior parte do julgamento de cabeça baixa. No depoimento, ele confessou que sequestrou e matou a menina. Mas quando foi questionado pelo juiz Benedito Okuno sobre o estupro, o acusado disse que “não se lembrava”.
No julgamento, Renato foi condenado a 32 anos de prisão pelo crime de homicídio triplamente qualificado, a 11 anos e oito meses pelo estupro de vulnerável, a dois anos e quatro meses pelo sequestro, mais um ano pela ocultação de cadáver, além de três anos pela tentativa de estupro da outra menina.
O promotor Alex Ravanini Gomes pediu aos jurados que condenassem Renato por todos os crimes. No julgamento, mostrou fotos do processo que exibem o local em que o acusado foi encontrado após o crime, um sítio em Guaianás, distrito de Pederneiras.
O promotor chegou a se emocionar ao relatar detalhes do crime que aconteceu no dia 30 de abril de 2012, quando Renato teria ido de carro ao bairro Fortunato Rocha Lima, na zona oeste de Bauru, e sequestrado a menina. À época, o réu teve um relacionamento com a mãe da vitima.
Depois, ele levou Vitória Graziela para uma estrada na zona leste de Bauru, próxima ao campus da Unesp, onde teria batido a cabeça dela numa torre de transmissão de energia e abusado sexualmente da menor. Depois, jogou combustível na vítima e ateou fogo.
O médico perito que fez o exame na menina apontou como causa da morte traumatismo craniano, associado a asfixia por esganadura e carbonização do corpo. Na época, a Polícia Civil só conseguiu encontrar o corpo carbonizado da menina quatro dias depois, com as indicações do autor do crime.
A defensora que acompanhou Renato durante o julgamento não informou se o condenado pretende promover algum recurso contra a pena aplicada.