Ele é acusado de envolvimento na morte do investigador Anderson Diogo Rodrigues, de 43 anos. Corpo da vítima foi encontrado enterrado em um cemitério clandestino de Cubatão.
Um homem acusado de envolvimento na tortura, morte e ocultação do corpo de um policial civil, foi condenado a 15 anos de reclusão pelo Tribunal do Júri de Cubatão. O corpo do investigador Anderson Diogo Rodrigues, de 43 anos, foi encontrado em um cemitério clandestino em uma área de mangue do município. O crime aconteceu em 2016.
A condenação aconteceu, na última terça-feira (1º), em julgamento presidido pelo juiz Orlando Gonçalves de Castro Neto. Com base na tese do Ministério Público, o magistrado julgou o réu culpado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Segundo o Ministério Público, a qualificação do homicídio se dá pela tortura, emprego de recursos que impossibilitou defesa da vítima e o fato do crime ter sido cometido contra um policial. Além disso, foi somado o crime de ocultação de cadáver.
O magistrado considerou os antecedentes e a conduta social do réu, os motivos do crime e suas consequências para determinar a pena. “Não é cabível a substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos ou a suspensão condicional da pena”, considerou o juiz.
Ele foi condenado a 15 anos, quatro meses e 24 dias, com regime inicial fechado. O juiz descartou a possibilidade do criminoso recorrer em liberdade. Já um outro réu no processo, também acusado de envolvimento na morte do policial, foi absolvido pelo Conselho de Sentença do Tribunal de Cubatão. O terceiro acusado de envolvimento no caso ainda aguarda julgamento.
Crime
Segundo informações da Polícia Civil, Anderson desapareceu no dia 25 de junho de 2016, após jantar com a namorada em um comércio na Ilha Caraguatá. O casal foi sequestrado próximo ao comércio e, durante a ação, os criminosos teriam identificado que o homem era policial civil. A mulher foi liberada.
Pouco mais de um mês depois, em 26 de julho, dois homens suspeitos de participar do sequestro foram presos pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Praia Grande. Outras duas pessoas também passaram a ser investigadas por envolvimento no crime.
Com base nas informações dos presos, a equipe realizou buscas por uma área de mangue, na altura da região conhecida como Ilha Bela, em Cubatão, e localizou uma clareira que era utilizada como cemitério clandestino. O acesso ao local só pode ser feito de barco.
Na região, os policiais encontraram quatro ossadas. Uma delas, foi identificada como do policial. Anderson foi encontrado com sinais de tortura, um ferimento causado por disparo de arma de fogo, além de estar com documentos.
Em 19 de fevereiro de 2020, um dos acusados de participação na morte do policial foi condenado a 20 anos de reclusão durante Tribunal do Júri de Santos. Na ocasião, o criminoso também foi condenado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.