Adolescente recebe 9 pontos após levar facada no braço de colega de futebol

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Pai foi à Polícia Civil registrar boletim de ocorrência por conta da agressão, que teria ocorrido durante competição pelo sub-13 do Primavera de Indaiatuba (SP). Clube nega o fato e coordenador diz que foi ‘fatalidade’.

Por G1 Campinas e região

Um eletricista de 40 anos registrou boletim de ocorrência neste domingo (27), em Campinas (SP), denunciando que o filho, de 12 anos, foi agredido com uma faca de cozinha por um colega de time de futebol. O ataque teria ocorrido na quinta-feira (24), durante participação do sub-13 do Esporte Clube Primavera, de Indaiatuba (SP), em uma competição em Pardinho (SP). O adolescente precisou receber 9 pontos no braço direito.

Segundo consta no boletim de ocorrência, o garoto estava sob responsabilidade da equipe de Indaiatuba e no hospital teria sido “orientado a mentir sobre os fatos para que o clube não sofresse punição na Justiça”. O coordenador do Primavera nega o fato.

De acordo com o pai do garoto, seu filho ainda sofreu bullying de outro colega de time e voltou com hematomas para casa. A arma usada na agressão seria um talher que foi levado para o alojamento, segundo ele.

“A obrigação da coordenação era estar ali. Deveriam ter recolhido os talheres, isso não deveria estar no alojamento”, argumentou o eletricista.

Segundo o homem, o filho contou que o agressor começou a xingá-lo e a brigar depois de pedir para ele sair da cama onde estava jogando baralho.

“Eles começaram a se bater com a camisa (…) aí o menino se abaixou e pegou a faca que estava dentro da bolsa, escondida. No momento que meu menino atingiu ele com a camisa, ele levantou a faca para acertar o braço do meu filho”, disse.

O eletricista relatou ainda que a informação inicial que recebeu era de que seu filho teria esbarrado na faca depois da confusão entre os garotos, fato que, segundo ele, foi desmentido pelo adolescente assim que ele foi buscá-lo na cidade de Pardinho.

O que diz o Primavera?

O coordenador dos times sub-11 ao sub-14 do Esporte Clube Primavera, Emílio Carlos Gubert, disse que os fatos são diferentes dos narrados pelo pai do adolescente. “Não aconteceu nada disso. Eles estavam brincando com a faca, brincadeira boba de moleque e houve essa fatalidade.”

Segundo Emílio, o jogador não foi orientado a mentir, e tudo seria um acidente.

“A faca estava dentro da mochila, junto com as outras coisas, com roupas. A gente pediu que levassem talheres de plástico, ele levou o normal. Não ficamos sabendo. Eles estavam com a brincadeira de empurrar e caiu o conteúdo da mochila. Quando o menino foi recolher as coisas que caíram da bolsa, o outro veio empurrando e ele [agressor] se assustou. Foi o próprio garoto que esbarrou na faca e cortou o braço”, argumentou.

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