Chuvas abaixo da média preocupam, porque próximos meses devem ser ainda mais secos.
O Rio Piracicaba está com a vazão 74,3% abaixo da média esperada para esta época do ano. Diante deste cenário, o manancial está com pedras aparentes e bancos de areia, além de lixo e sujeira nas margens.
Um levantamento do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) mostra que no mês de abril a previsão era de chuva de 57,45 milímetros. Até agora, o total fica em torno de 37 milímetros.
De acordo com os dados do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) do estado, o Rio Piracicaba tinha vazão de 27 metros cúbicos por segundo na manhã desta terça-feira (26), número 74,3% abaixo da média histórica.
A média registrada em abril de 2022 até agora é de 50,2, sendo que a média histórica para o mês é de 104,92 metros cúbicos por segundo. “É muito triste, porque o rio é o que representa a cidade de Piracicaba. É tão bonito quando a gente vê ele cheio… E quando a gente vê assim tão baixo, dá uma tristeza”, lamenta a líder de grupo Andréia de Paula.
O coordenador de projetos do Consórcio PCJ, José Cesar Saad, explicou a situação atual e deu uma perspectiva do futuro, com o início do período de estiagem. Segundo ele, as chuvas estão abaixo da média nas bacias PCJ e também no sistema Cantareira, principal reservatório de água do estado. “Os institutos de meteorologia indicam que o mês de maio, o mês de junho e julho, serão meses com chuvas também abaixo da média histórica”, afirmou.
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Chuvas de janeiro
Apesar de abril apresentar chuva abaixo da média, o ano começou com cenário positivo nesse quesito em Piracicaba. Segundo a Sala de Situação do PCJ, em janeiro a chuva ultrapassou a média histórica, com 310 milímetros.
Nos últimos dias do mês, choveu mais do que o esperado em pouco tempo e a cidade teve vários pontos de alagamento, além de o Rio Piracicaba ter transbordado.