Biólogo explica sobre os riscos
As altas temperaturas elevaram os casos de picada de escorpião na região. De janeiro a agosto, foram 14 ocorrências em Rio Claro, 16 em São Carlos e 50 em Araraquara (SP), segundo levantamentos das prefeituras.
O biólogo Edson Maria Torres explicou que, com o aumento da temperatura, as aparições ficam mais frequentes e que os animais estão se adaptando a sobreviver em galerias construídas para a captação de água da chuva.
“Infelizmente, quando lavamos os nossos quintais e temos animais de estimação, acabamos empurrando com a água as fezes desses animais para dentro das galerias e aí alimentamos baratas, e a barata é o prato principal do escorpião”.
Riscos
Quando uma pessoas sofre uma picada, ele deve ser encaminhado ao Centro de Saúde ou PSF mais próximo de sua casa, e nos casos mais graves há necessidade de medicação e soro antiescorpiônico.
“Torniquete, garrotear o local da picada, cortar o local da picada, sugar o local são procedimentos errados, não devem ser feitos. O melhor é o soro”, alertou o biólogo e técnico em enfermagem Israel Aparecido Joaquim.
Orientações
Torres pede que, ao encontrar um escorpião, o morador capture o animal e o leve ainda vivo ao Centro de Controle de Zoonoses. O cidadão também pode entrar em contato com o CCZ de sua cidade e pedir à equipe que recolha o bicho. O mesmo vale para cobras e aranhas.
“Nós encaminhamos ao Instituto Butantan, onde, além de serem pesquisados, se faz a extração de veneno com que se produz o soro”, explicou. “Pode salvar uma vida futuramente”.