Universidade manteve obrigatoriedade do acessório, mesmo com a liberação do governo de São Paulo.
Um aluno do curso de Gestão e Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP) foi constrangido em sala de aula por se recusar a usar uma máscara anticovid-19. O estudante Wesley Caíque e Silva foi obrigado pelo professor mesmo o governo paulista já tendo liberado o uso do item.
Alessandro Soares da Silva, professor da disciplina Sociedade e Estado, disse ao aluno que ele deveria sair do campus, caso não colocasse a máscara.
– Você não pode ficar sem máscara. Terá de sair do campus – ressaltou.
– Onde está escrito isso? – o universitário rebateu.
O que ocorre é que, embora o governo de São Paulo tenha mantido a obrigatoriedade da máscara apenas nos transportes públicos e nas unidades médico-hospitalares, a USP decidiu manter o uso do item nas dependências do campus.
O aluno discordou da imposição da faculdade, visto que não havia determinação em portaria. O professor continuou insistido que ele deveria se retirar. O aluno, por sua vez, perguntou quem iria retirá-lo.
– A guarda universitária – salientou o professor.
Responsáveis pela segurança da universidade de fato compareceram ao local da discussão e pediram que o aluno pusesse a máscara, a fim de “amenizar” a confusão. Wesley manteve a recusa e abriu um boletim de ocorrência contra o professor envolvido no caso.
A determinação da USP para o uso obrigatório da máscara é do dia 17 de março. Nesta quarta-feira (13), após a confusão, o jornal da cidade reforçou a medida.
– A Comissão Assessora de Saúde da USP debateu o tema nesta quarta-feira, 13 de abril, e decidiu manter a obrigatoriedade das máscaras em ambientes fechados por enquanto. A regra será reavaliada nas próximas semanas. O uso de máscaras também é recomendado em ambientes abertos do campus, sempre que houver uma maior concentração de pessoas – diz a publicação.