Ambiente de negócios ainda é hostil no Brasil, diz analista do Sebrae

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Segundo especialista, informalidade está entre as principais barreiras enfrentadas pelos empreendedores

Fonte de renda e emprego para grande parte dos brasileiros, as micro e pequenas empresas representaram para a economia em 2015 mais de 98% dos estabelecimentos privados existentes no país e foram responsáveis por 51,2% da remuneração paga aos empregados formais, de acordo com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Dos mais de 14 milhões de pequenos negócios no Brasil registrados pelo governo federal até maio de 2016, 743 mil estão concentrados em Minas Gerais. Para se ter noção da importância do setor, os micro e pequenos empreendimentos, juntos, geram quase 60% das vagas de emprego no estado.
Dados do Empresômetro da Micro e Pequena Empresa, ferramenta desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), mostram que a região sudeste é a que possui o maior percentual de pequenos negócios (49,2%). Minas Gerais é o segundo estado brasileiro com maior número de companhias desse porte (10,4%), atrás somente de São Paulo (27,7%).
Apesar da relevância para o país, o analista técnico de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, Gabriel Ferraz, lamenta que o setor ainda enfrente tantas dificuldades. “O ambiente de negócios ainda é hostil no Brasil. Fatores como a informalidade, a burocracia e a elevada carga tributária são determinantes para a falência de muitas empresas”, explicou. Por outro lado, o especialista considera que a informatização dos dados e a Reforma Trabalhista facilitaram a atuação dos empreendedores brasileiros.
Prova disso é que desde 2015, a formalização dos micro empresários individuais representa anualmente um aumento de 66% nas vendas e melhora em 72% as condições de compra junto aos fornecedores. Segundo estimativa do Sebrae, existem cerca de 8 milhões de micro e pequenas empresas em situação informal.
A questão salarial também tem ligação direta com a formalização. Nos últimos dez anos, a média salarial dos trabalhadores das micro e pequenas subiu 33% acima da inflação.

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