ANTT propõe multa de R$ 5 mil para quem contratar frete abaixo do preço da tabela

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Proposta da agência também prevê multa de R$ 3 mil para quem oferecer frete abaixo do piso. Sugestão da ANTT será discutida em audiência pública até o dia 10 de outubro.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) quer aplicar multa de R$ 5 mil para quem contratar frete por valor abaixo do fixado na tabela do frete mínimo. A proposta está em audiência pública aberta nesta segunda-feira (10) e receberá contribuições até o dia 10 de outubro.

A proposta também prevê multa de R$ 3 mil para quem anunciar ou intermediar a contratação de transporte rodoviário em valor inferior ao piso do frete fixado na tabela.

Segundo a resolução que está em discussão, a ANTT poderá usar como prova para aplicar a multa o documento de contratação do transporte ou documentos fiscais.

Na semana passada, a ANTT publicou uma resolução que permite a punição para quem não cumprir o piso fixado na tabela de frete. Quem descumprir o piso pode ter que indenizar o transportador.

O valor da indenização é de duas vezes a diferença entre o valor pago e o que deveria ser pago pela tabela do frete mínimo.

Também na semana passada, a agência publicou uma nova tabela com preços para o frete de cargas. O impacto médio foi de 5%, dependendo do tipo de carga.

De acordo com a nova tabela, o preço mínimo do frete para carga geral subiu de R$ 2,10 para R$ 2,16 até 100 km, considerando um caminhão com três eixos.

A tabela será reajustada sempre que preço do óleo diesel tenha oscilação superior a 10%, de acordo com a lei 13.703 deste ano, que instituiu a política nacional de pisos mínimos para o transporte rodoviário de cargas.

Greve dos caminhoneiros

A tabela de fretes foi instituída por uma medida provisória (MP) editada pelo presidente Michel Temer numa tentativa de por fim à greve dos caminhoneiros em maio deste ano. Pelo texto da MP, caberá à ANTT definir os preços.

Em 30 de maio, a agência publicou a primeira tabela, que gerou críticas de transportadoras e até do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Ele argumentou, na ocasião, que os preços haviam dobrado.

Com a polêmica, a ANTT editou uma nova tabela, mas os preços foram criticados pelos caminhoneiros, o que fez a agência voltar a praticar os valores da primeira tabela.


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