Após furto de três cobras, Parque Ecológico de São Carlos reforça segurança

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Não há sinais de arrombamento no local e Polícia Civil investiga o caso

A direção do Parque Ecológico de São Carlos (SP) reforçou a segurança no serpentário após três cobras serem furtadas do local. O tratador sentiu falta dos animais no domingo (10). O caso é investigado pela Polícia Civil.

De acordo com o diretor do parque, Guilherme Marrara, foi providenciada a troca dos cadeados e foi feita uma solicitação à Guarda Civil Municipal (GCM) para aumento nas rondas de segurança. “Além disso, estamos vendo uma maneira de fechar a parte de cima do serpentário”, disse.

A prefeitura informou que mantém um GCM permanentemente no parque e reforça que não se trata de um furto comum, já que não houve arrombamento do recinto.

Recinto protegido

As cobras da espécie “coral-falsa” que foram furtadas ficavam em um recinto protegido por vidro e telas e era o único espaço que estava sem cadeado.

Marrara explicou que se trata de uma espécie rara, conhecida pela beleza e por oferecer pouco perigo. É uma serpente dificilmente encontrada na natureza.

“Não temos dúvida que foi para o tráfico de animais silvestres. Acreditamos que já havia encomenda do animal e, possivelmente, a pessoa achou que era muito mais fácil invadir um local, um criatório e furtar”, declarou.

Sumiço

O diretor contou que as cobras são alimentadas uma vez por semana e que o acesso dos tratadores ao serpentário é feito por uma porta exclusiva. Apenas os trabalhadores têm as chaves. O local não tem alarme e não houve sinal de arrombamento.

“Nesse recinto nós temos dois tratadores que revezam. Somente eles têm a chave e um notou a falta [das cobras] durante um manejo de rotina”, afirmou.

Indignação

Professores que visitaram o parque na manhã desta terça-feira (12) ficaram indignados com o sumiço das cobras e destacaram o caráter educacional do local, que acabou sendo afetado.

“É um absurdo, porque é um lugar que a gente vem para ver a natureza, estar em contato, conhecendo um pouquinho e as pessoas fazem esse tipo de coisa. Roubam animais que vão acabar, às vezes, nem sobrevivendo”, declarou o professor Paulo Renato Jacobini.

“Considerando o caráter educador do espaço, o prejuízo é ainda maior do que a gente supor apenas que cobras foram roubadas, já que há uma finalidade educativa aqui”, afirmou a professora Cirlene Torelli.

Outro caso

Em 2012, um ovo de urubu-rei, ave ameaçada de extinção, desapareceu do Parque Ecológico de Leme (SP). No ano seguinte, um outro ovo também foi roubado na mesma unidade.


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