Após proposta para vale-alimentação, funcionários da Unicamp decidem sequência de greve na segunda-feira

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Parte da categoria está parada há 24 dias para reivindicar aumentos em salários e benefícios. Universidade propõe votação em conselho, se houver término de ‘paralisações’.

Os funcionários da Unicamp, em greve há 24 dias, decidem em assembleia, na segunda-feira (24), se aceitam a proposta da universidade para votação de novo valor do vale-alimentação pelo Conselho Universitário (Consu), desde que o movimento seja encerrado. A categoria reivindica benefício de R$ 1,1 mil, enquanto a instituição propõe R$ 950, alta de R$ 100 sobre o vigente.

O item faz parte da pauta específica de demandas apresentadas pelo sindicato que representa os 8,5 mil trabalhadores técnico administrativos (STU). Além de gerar reflexos em bibliotecas, laboratórios e creches, a mobilização tem adesão de profissionais da saúde, diz a coordenação.

“A proposta somente será submetida às instâncias competentes após o término de eventuais paralisações e também estará condicionada à não realização de qualquer ato que impeça o diálogo entre as partes e o livre acesso às instalações de trabalho no campus. Os demais itens da pauta específica serão discutidos em reuniões agendadas ao longo do ano”, informa texto da Unicamp.

Os docentes da Unicamp não estão em greve, destaca a entidade representativa (ADunicamp). Em nota, a Unicamp diz esperar pela normalização de atividades “o mais rápido possível.”

Mobilização

Os funcionários iniciaram greve para pleitear aumento de 12,6% nas remunerações, entretanto, o Consu homologou índice de 1,5% diante da situação financeira da universidade, que previa déficit orçamentário de R$ 238,4 milhões antes de considerar a aprovação do reajuste nas contas.

O reajuste significa acréscimo de R$ 26,5 milhões em despesas no prazo de um ano, segundo estimativa da Unicamp. A folha mensal de remunerações gira em torno de R$ 170 milhões.

Além disso, a universidade admite hipótese de zerar a “reserva estratégica” em 2019.

O repasse de ICMS é a principal fonte para financiamento das atividades da instituição – atualmente, ela recebe 2,19% do montante total contabilizado pelo governo paulista.


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