Arma que disparou e matou mulher que tirava foto pode ter sido desmuniciada de forma errada, diz delegado Edgar Albanez

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Eva Cristina Dias foi atingida no domingo (20), no Jardim José Ometto 1, em Araras (SP). Arma estava registrada em nome de um CAC, que foi preso e liberado após pagar fiança.

A arma que disparou e matou uma mulher que tirava uma foto, em Araras (SP), pode ter sido desmuniciada de forma errada pelo proprietário, disse o delegado Edgar Albanez, que investiga o caso. Eva Cristina Dias, de 36 anos, segurava a arma para tirar uma foto, quando efetuou o disparo de forma acidental contra a cabeça, no domingo (20).

Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu nesta segunda (21). Segundo o delegado, o dono da arma teria retirado o carregador, mas uma bala ainda ficou na câmara. Eva foi a uma festa com uma amiga, na noite de sábado (19).

Na madrugada de domingo (20), ela pegou uma carona com o homem e, ao chegar em frente à residência da amiga, no bairro José Ometto 1, viu a arma dentro do carro e pediu para pegá-la para tirar uma foto. Foi nesse momento que a arma disparou acidentalmente contra a cabeça dela.

Eva chegou a ser levada para o pronto-socorro da cidade, mas não resistiu e morreu na manhã desta segunda. “Ela e a outra moça preparavam o celular para bater a foto e a vítima colocou a mão no gatilho e havia ainda uma munição, que teria disparado e atingido a fronte da vítima. Consta que a arma estava na mão da vítima. Ela e a amiga estavam fora do carro providenciando as fotos, enquanto o dono da arma e um amigo estavam dentro do veículo”, afirmou o delegado.

Mulher segura arma para tirar foto, atira acidentalmente e morre em Araras — Foto: Beto Ribeiro Repórter

Investigação

De acordo com Albanez, as investigações apontam que o disparo foi acidental. Ele afirma que o homem, que não teve a identidade divulgada, não tinha experiência com o revólver. “O rapaz é sem muita prática com pistola, comprou recentemente a arma e a meu ver não teve treinamento para cuidar com carinho dessa arma. Arma é perigoso e talvez o procedimento de desmuniciar a arma não tenha sido correto”, afirmou.

O dono da arma, que possui registro de CAC (colecionador, atirador esportivo e caçador), chegou a ser preso porte ilegal de arma, lesão corporal e homicídio culposo. Ele foi solto após pagar R$ 3 mil de fiança e vai respoder ao processo em liberdade. Ele não tinha autorização para andar com a arma. “A autorização que ele tem é para transporte de estande de tiro para treinamento”, informou o delegado.

O delegado lembra ainda que toda arma exige cuidado para evitar acidentes. “Armas de fogo não são para serem fotografadas ou exibidas, são destinadas apenas à defesa pessoas e para pessoas que gostam para esporte. Mas essas pessoas têm que se conscientizar que elas só podem usar no esporte, em estandes especializados, com muito treinamento e e não pode umapessoa ser CAC e transportar a arma fora do roteiro previsto e de onde a lei autoriza”, disse.

A Polícia Civil aguarda a finalização dos laudos periciais para a conclusão da investigação.

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