Ataque na Catedral: dia seguinte terá missa, velórios e buscas por respostas ao crime em Campinas

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Polícia Civil irá analisar materiais apreendidos na casa do atirador, em Valinhos (SP). Arquidiocese celebrará missa, às 12h15, em memória dos mortos.

Um dia após ao ataque na Catedral de Campinas (SP) que terminou com quatro pessoas mortas e quatro feridas, a quarta-feira (12) será de buscas por respostas sobre o crime por parte da Polícia Civil. A Arquidiocese realizará às 12h15 missa em memória dos fiéis mortos, que deverão ter os corpos liberados pelo IML e velados durante o dia.

Algumas questões ficaram em aberto após o crime. A Polícia Civil esteve na casa do atirador, que morava com o pai, e apreendeu caderno, anotações e notebook de Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos. O material ainda será analisado pela perícia, para verificar se há indicativos da motivação.

Veja outras questões a serem respondidas

  • Motivação do crime;
  • Origem das armas, que estavam com numeração raspada;
  • Os passos do atirador antes do atentado;
  • A relação do autor com a Catedral e eventuais frequentadores da igreja;

Quem são as vítimas?

Morreram no ataque na Catedral de Campinas:

  • Sidnei Vitor Monteiro, 39 anos
  • José Eudes Gonzaga, 68 anos
  • Cristofer Gonçalves dos Santos, 38 anos;
  • Elpídio Alves Coutinho, 67 anos.

Na manhã desta quarta-feira (12) os cemitérios de Campinas começaram a confirmar os horários dos velórios. A vítima Sidnei Vitor Monteiro, de 39 anos, será sepultado no Cemitério Parque das Flores às 13h30. O velório dele começou às 5h20.

A Serviços Técnicas Gerais (Setec) informou que o corpo do Cristofer Gonçalves dos Santos será enterrado às 13h. E José Eudes Gonzaga Ferreira, às 15h. Ambos no Cemitério dos Amarais.

O corpo de Elpídio Alves Coutinho está sendo velado na Igreja de São Domingos. O sepultamento será às 16h30 no Cemitério Municipal de Monte Mor (SP).

O corpo de Euler Fernando Grandolpho será sepultado às 14h no Cemitério Flamboyant, em Campinas.

Corpos são retirados da Catedral de Campinas, onde atirador matou 4 pessoas e se suicidou nesta terça — Foto: Maycon Soldan/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Das quatro pessoas feridas, duas receberam alta na noite de terça e duas permeciam internadas no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti:

  • Jandira Prado Monteiro, de 65 anos, atingida no tórax e na mão; ela passou por cirurgia e está em observação. Ela é mãe de Sidnei Monteiro, que morreu na igreja.
  • Heleno Severo Alves, de 84 anos. Ele foi atingido no tórax e abdômen, passou por procedimento cirúrgico e está na UTI, em estado grave.

O que aconteceu?

O delegado do 1º Distrito Policial de Campinas, Hamilton Caviola Filho, estima que o atirador efetuou pelo menos 20 disparos. “Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando, primeiro ele senta em um banco”, afirma.

De acordo com o delegado, logo após a entrada do atirador, três pessoas sentaram no banco atrás dele e foram as primeiras a serem atingidas. Entre elas, uma morreu.

Homem atira e mata fiéis durante missa na catedral de Campinas — Foto: Arte / G1

“Ele usou uma arma, mas estava com duas. Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele [atirador] parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça […] Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou”, diz o delegado.

Quem é o atirador?

Euler Fernando Grandolpho tinha 49 anos e morava em um condomínio de Valinhos (SP), com o pai – a mãe já havia morrido. Segundo o delegado José Henrique Ventura, titular do Deinter-2, a Polícia Civil apurou com familiares que o atirador chegou a fazer tratamento contra a depressão e tinha um “perfil estranho”.

De acordo com o apurado pelo investigadores, Euler era bastante recluso, costumava ficar dentro do quarto, saia muito pouco de casa e chegou a fazer tratamento psicológico. “Ele tinha um perfil muito estranho, era muito fechado. De 2015 para cá não trabalhou mais”, disse Ventura.

O atirador não tinha antecedentes criminais, mas já havia registrado dois boletins de ocorrência como vítima: um em um caso de injúria, e outro de perseguição.

Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, atirador que matou 4 pessoas na Catedral de Campinas e depois se matou — Foto: Reprodução/Facebook
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