A previsão é do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
A posse do presidente eleito Jair Bolsonaro deve reunir de 250 a 500 mil pessoas. A previsão é do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, que está elaborando um esquema de segurança para a ocasião desde setembro, antes mesmo de Bolsonaro ser eleito.
A Esplanada dos Ministérios ficará completamente fechada desde a meia-noite do dia 30 e só será liberada às 8h da manhã do dia dois de janeiro. O acesso para o público será feito apenas por um local, a Rodoviária de Brasília. As pessoas terão que passar por quatro pontos de revista, dois deles com detector de metal. Não será permitida a entrada de garrafas, máscaras, fogos de artifício, guarda-chuva, animais e até carrinho de bebê.
Bolsonaro irá desfilar em um trajeto de cerca de três quilômetros, com saída prevista da Catedral de Brasília. O presidente eleito irá participar de uma solenidade no Congresso e, após isso, irá receber a faixa presidencial no Palácio do Planalto. O Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, não confirmou se esse será o maior esquema de segurança da história, mas a principal preocupação é eliminar o risco de um novo atentado contra o futuro presidente.
“Cada presidente, cada circunstância, conduz a uma avaliação de risco. Nós nunca tivemos um presidente que durante a campanha tenha sofrido uma tentativa de assassinato. Isso nunca aconteceu. Isso sugere, obviamente, para quem é responsável pela sua segurança, cautela.”
Por questão de segurança, ainda não foi decidido se Bolsonaro irá desfilar em carro aberto, uma tradição nas posses. Não há confirmação, mas a previsão é que de dez a 12 mil homens das Forças Armadas, Polícias Federal, Civil e Militar, além dos Bombeiros e do departamento de trânsito do Distrito Federal estejam presentes durante a posse. O Gabinete de Segurança Institucional informou que, para preservar a operação, não confirmaria números.
A posse do presidente eleito Jair Bolsonaro já movimenta a economia de Brasília. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal, 80% dos leitos disponíveis na capital federal deverão estar ocupados entre os dias 31 e 1º de janeiro. Nesta época, a média de ocupação costuma ser de 25%, ou seja, espera-se o triplo do movimento normal para esta virada de ano. Até novembro, a cidade já tinha reservado metade das mais de 18 mil vagas em hotéis disponíveis.
Segundo dados da Polícia Militar do Distrito Federal, o maior público durante uma posse presidencial foi em 2003, quando o ex-presidente Lula recebeu a faixa pela primeira vez. De acordo com o órgão, 150 mil pessoas acompanharam a posse na ocasião. Ainda segundo a PMDF, o menor número de pessoas registrado durante uma posse desde a redemocratização foi no 2º governo de Fernando Henrique Cardoso, quando apenas 1.500 pessoas compareceram.
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