Em Várzea Paulista, no interior de SP, cinco pessoas da mesma família morreram. Entre as vítimas, um bebê de um ano. Segundo o governo paulista, cerca de 500 pessoas estão desalojadas em 11 cidades do estado.
As chuvas fortes que atingem São Paulo desde sábado causaram 19 mortes, informou o governador João Doria (PSDB). Ainda segundo o governo paulista, cerca de 500 pessoas estão desalojadas em 11 cidades do estado. Os temporais também causaram deslizamentos de terra, transbordamento de rios e alagamentos. Doria anunciou a liberação de R$ 15 milhões para as cidades afetadas.
Os recursos anunciados serão destinados aos municípios de Arujá (R$ 1 milhão), Francisco Morato (R$ 2 milhão), Embu das Artes (R$ 1 milhão) e Franco da Rocha (R$ 5 milhão), na Região Metropolitana de São Paulo, e Várzea Paulista (R$ 1 milhão), Campo Limpo Paulista (R$ 1 milhão), Jaú (R$ 1 milhão), Capivari (R$ 1 milhão), Montemor (R$ 1 milhão) e Rafard (R$ 1 milhão), no interior do Estado.
A situação até o momento, segundo informações do governo de São Paulo e da Defesa Civil:
- Em Várzea Paulista, no interior de São Paulo, cinco pessoas da mesma família morreram após a casa em que moravam ser atingida por um desmoronamento. As vítimas são um casal, um bebê de um ano e duas crianças, uma de 10 e outra de 12 anos;
- Em Embu das Artes, na Grande São Paulo, três pessoas, também de uma mesma família, morreram após uma casa ser atingida por um deslizamento de terra na madrugada deste domingo. As vítimas são a mãe e dois filhos — uma menina de quatro anos e um rapaz de 21 anos. Quatro pessoas conseguiram escapar;
- Em Jaú, no interior de São Paulo, um homem de 61 anos morreu afogado após ter a casa invadida pela chuva;
- Quatro pessoas morreram em Franco da Rocha; há ainda oito feridos e quatro desaparecidos;
- Quatro pessoas morreram em Francisco Morato;
- Uma pessoa morreu em Ribeirão Preto;
- Uma pessoa morreu em Arujá.
PIRACICABA: rios transbordam e água invade casas e ruas
Casas foram invadidas pela água, e ruas e avenidas ficaram alagadas neste domingo em Piracicaba (SP) por conta da forte chuva que atinge a região no fim de semana. O Ribeirão Piracicamirim, afluente do Rio Piracicaba, transbordou e alguns moradores de três bairros tiveram que deixar as residências.
O nível do Rio Piracicaba na área urbana superou o limite de extravasamento, que é de 4,70 metros, por volta de 15h. Às 17h, o rio já estava em 4,83 metros. De acordo com a Defesa Civil, a água atinge a Avenida Alidor Pecorari, 482.
Como ainda há previsão de mais chuvas, a Defesa Civil informou que há risco de outros pontos de alagamento na região da Rua do Porto. A avenida Beira Rio, a partir da rua Prudente de Moraes, e a Alidor Pecorari, até o cruzamento com a avenida Dr. Paulo de Moraes, foram fechadas.
A cheia do Ribeirão Piracicamirim fez com que famílias deixassem as casas na Rua Cotia, no Água Branca. Um caminhão da prefeitura auxiliou na retirada de pertences. A Defesa Civil também foi ao local, assim como guardas municipais.
Além do Bosque da Água Branca, os bairros Maracanã e Jardim Oriente também tiveram casas afetadas. A prefeitura informou que algumas famílias optaram por manter os pertences nas residências, suspensos, e outras retiraram móveis e eletrodomésticos. “A Prefeitura disponibiliza caminhão para a retirada”, informou.
“O Ribeirão Piracicamirim também extravasou em trecho do antigo anel viário, entre o bairro Chicó e a Ceasa. A Semuttran vai interditar a pista no local”, completou a prefeitura.
A Avenida Professor Alberto Vollet Sachs também teve trechos inundados por conta da cheia do ribeirão. De acordo com informações, motoristas precisaram retornar e eram avisados pelos próprios moradores. Depois, a prefeitura interditou os locais.
Moradores registraram ruas alagadas na região do Piracicamirim. Um ponto é o cruzamento entre a Rua Pedro Eusébio Stocco e a Avenida Edne Rontani Bassete, no bairro Serra Verde, que dá acesso ao Jardim Alvorada. Segundo os relatos, a ponte foi tomada pela água, o que impediu o trânsito.
No distrito de Artemis, houve extravasamento desde 9h, segundo o Sistema de Alertas e Inundações em São Paulo (Saisp), que monitora o nível dos mananciais paulistas. O transbordamento afeta uma rua na área rural, e a água escoa para uma lagoa, explicou a prefeitura.
Barragem de Americana
Além disso, a cidade recebe água da barragem de Salto Grande, em Americana, que atingiu 95% da capacidade durante o fim da manhã e houve a abertura das comportas. A situação fez com que a Prefeitura de Piracicaba realizasse uma reunião de emergência.
“A Defesa Civil monitora todos os pontos de possíveis alagamentos e uma força-tarefa, formada por diversas secretarias, está pronta para agir caso seja necessário”, disse, em nota, o Poder Executivo.
Sobre a barragem em Americana, a Prefeitura de Piracicaba afirmou que a liberação de água tem sido feita aos poucos, por segurança, já que há previsão de mais chuvas para a semana.
A administração municipal informou, ainda, que as equipes irão monitorar a situação nas comunidades, que estão em áreas mais vulneráveis à chuva.
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), responsável pela administração da barragem, foi contata e informou, até 17h deste domingo, estar apurando as informações.