Polícia afirma que mantém quatro pessoas sob custódia acusadas de envolvimento nas ações.
Ao menos 49 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas durante ataques a duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, nesta sexta-feira, 15. A polícia afirmou que mantém quatro pessoas sob custódia acusadas de envolvimento nas ações. Um homem de cerca de 20 anos foi acusado de assassinato e se apresentará ao tribunal no sábado.
O ataque foi transmitido ao vivo pelas redes sociais em um vídeo de 17 minutos. Uma câmera acoplada ao capacete doa tirador mostrou tudo. Autoridades do país trabalham para retirar o vídeo das redes.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, confirmou que entre os detidos há um cidadão australiano. Além disso, um homem que assumiu a autoria dos atentados escreveu um manifesto anti-imigração na internet de 74 páginas no qual explicava as suas motivações. Ele disse que era um australiano de 28 anos branco e racista.
As autoridades locais não informaram as identidades dos detidos. De acordo com a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, todos eles têm visão extremista, mas não eram vigiados pela polícia.
A polícia advertiu a população a evitar as mesquitas em todo o país. Um enorme cordão policial foi formado para isolar parte de Christchurch, cidade da Ilha do Sul da Nova Zelândia. Mike Bush afirmou que todas as escolas da cidade estão fechadas e a polícia pediu “às pessoas no centro que evitem permanecer nas ruas e informem qualquer comportamento suspeito”.
No momento do atentado, a mesquita Al Noor estava repleta de fiéis, incluindo a equipe de cricket de Bangladesh. Segundo testemunhas, os jogadores conseguiram fugir para um parque ao lado do prédio, no centro da cidade.
O líder da oposição, Simon Bridges, manifestou publicamente seu “apoio à comunidade islâmica” local. “Ninguém neste país deveria viver com medo, não importa sua etnia ou religião.” O premiê Scott Morrison se declarou “horrorizado com as informações” sobre os ataques no país vizinho.
A Nova Zelândia é conhecida por ser um país de baixa criminalidade, onde o “uso de armas de fogo em crimes é um evento raro”, segundo as orientações do departamento americano de Estado para viajantes dos Estados Unidos.