Avó luta com ‘maníaco desconhecido’ para salvar neta de mata-leão

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Homem foi identificado e capturado pela polícia, mas foi liberado por não ter sido preso em flagrante. Vítima diz que há pelo menos mais uma mulher que foi atacada pelo mesmo homem.

Pelo menos três mulheres foram atacadas por um desconhecido de bicicleta nesta terça-feira (10) enquanto andavam por ruas de Mongaguá, no litoral de São Paulo. O homem foi identificado, mas permanece solto.

Uma das vítimas, de 56 anos, relatou que o ataque aconteceu à luz do dia, por volta das 17h30, na rua Joana Cristina Lourenço. Ela voltava para casa com a neta, de 13 anos, após busca-la na escola, quando um homem surgiu em uma bicicleta e agarrou a adolescente pelo pescoço.

“Ele jogou a bicicleta no chão e deu um ‘mata-leão’ nela. Eu comecei a gritar desesperada, mandando ele soltar, enquanto arrastava ela para a esquina. Parti para cima e ele começou a me agredir. Caí no chão e apaguei”, diz a vítima.

Uma vizinha ouviu os gritos das vítimas e, vendo a situação, começou a gritar. Ela conseguiu salvar a adolescente e afugentar o agressor, que fugiu sem levar nada. “Eu desmaiei e ele não levou minha bolsa, então não queria me roubar. É um maníaco, só queria levar a minha neta”, relata.

De acordo com a mulher, a neta está em estado de choque. “Não consegue dormir, coitada. Está muito constrangida e todo mundo está assustado. Estamos com medo de sair na rua, porque ele está solto e pode voltar”, desabafa.

As duas vítimas foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receberem atendimento e acabaram encontrando mais uma vítima de agressão. “Na UPA encontrei uma senhora que foi atacada com uma faca, também por um homem de bicicleta. Ela estava toda enfaixada, sangrando muito”, conta a vítima. “Pegou ela pouco antes da gente, no meio da rua. Ela lutou para se soltar”, diz.

“Estou acabada. Nunca imaginaria que isso fosse acontecer isso com a gente. Ele só queria levar minha neta embora.” O segundo crime teria acontecido na rua Marcelino de Meira Rodrigues, porém a Polícia Civil disse não ter recebido mais relatos de crimes do mesmo agressor.

O homem foi localizado pela polícia e encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher de Mongaguá. As vítimas fizeram o reconhecimento e confirmaram a participação dele nas agressões físicas, mas ele nega.

A Polícia Civil informou que os familiares afirmaram que o homem seria portador de deficiências cognitivas e foi liberado por não ter sido preso em flagrante. Um inquérito foi instaurado e o caso será investigado.

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