Procedimento de extração foi realizado pelo risco da criança aspirar os dentes. Segundo especialista, as causas podem ser hereditárias, hormonais ou distúrbios de formação dos dentes.
Por Ana Beatriz Serafim*, G1 Sorocaba e Jundiaí
Foi só o recém-nascido Cristiano Felipe abrir a boca para chorar ou sorrir que dois dentes foram percebidos na gengiva e despertaram surpresa em uma família do bairro Árvore Grande, em Sorocaba (SP).
Mãe pela segunda vez, Ana Carolina Soares disse que o bebê nasceu no dia 15 de julho, mas ela não foi a primeira pessoa a perceber os dentes “apressados”.
Os primeiros dias de vida de um recém-nascido geralmente são de adaptação tanto para a mãe quanto para o bebê. E o caso do pequeno Cristiano foi ainda mais complicado, porque os dentes machucavam o seio de Ana Carolina e também feriram a parte inferior da língua da criança.
Procedimento
O procedimento para extrair os dentes foi realizado na quinta-feira (25) pela dentista Isabel Critis, sob acompanhamento da pediatra Maria Fernanda Haro e com auxílio da técnica de enfermagem Salete Vieira, do centro de saúde da Vila Haro.
A dentista disse que nunca viu um caso parecido em 20 anos de atuação. Segundo estudos, a prevalência de dentes natais, que são presentes no nascimento, é de um caso para cada 3.500 nascimentos, sendo mais comuns no sexo feminino.
Segundo a especialista, as causas são variadas, mas podem ser hereditárias, hormonais, distúrbios de formação dos dentes, entre outras.
Existem também dentes que nascem até o primeiro mês de vida do bebê. Antes da extração, houve avaliação da saúde do bebê para retirar os dentes.
Segundo a dentista, a cirurgia para as extrações foi bem rápida, com o uso de anestesia local. “Logo após o procedimento, o bebê mamou sem dificuldades. Foi um momento emocionante para a equipe”, diz.
Segundo a mãe, o pequeno Cristiano foi forte e não chorou durante o procedimento ou depois, mesmo sendo tão novo. “Eu fiquei nervosa, não tive coragem de entrar na sala, mas ele não chorou ou ficou manhoso”, conta Ana Carolina.
O pós-operatório da criança segue bem, segundo a mãe e a dentista. Cristiano está mais calmo, ganhando peso e mamando melhor. Agora, o bebê precisará de acompanhamento odontológico periódico para verificar o desenvolvimento da dentição.
*Colaborou sob supervisão de Ana Paula Yabiku.
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