Bebê que nasceu com mecha branca no cabelo faz sucesso desde o parto

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“Ela nasceu de luzes”, brincou o médico ainda dentro do bloco cirúrgico em Belo Horizonte. Mãe e filha carregam a mesma herança genética

Este ano ficará marcado pelo nascimento de três crianças que são alvos dos holofotes desde que vieram ao mundo: príncipe Louis, filho do herdeiro do trono britânico Willian e Kate Middleton; Zoe, da apresentadora Sabrina Sato e do ator Duda Nagle; e a pequena Mayah Aziz Oliveira – belo-horizontina que viralizou na internet por causa da mecha branca dos cabelos que ela carrega desde que nasceu.

Funcionários de hospital ficaram encantados com o bebê

“Ela nasceu de luzes”, disparou o obstetra logo após o parto. A mãe da criança, a publicitária Talyta Youssef, de 40 anos, conta que Maternidade Sofia Feldman parou para conhecer a “menina da mechinha”. Segundo ela, foi até difícil sair do hospital devido ao assédio.

— A primeira selfie dela foi tirada com minutos de vida. No dia em que recebi alta, todo mundo pedia para tirar fotos com ela.

O estrelato de Maya saiu da maternidade e ganhou o mundo depois de um ensaio fotográfico feito por Paula Beltrão nove dias depois do nascimento. A fotógrafa, que ficou encantada com a marca da menina, deu de presente para ela as fotos ao se debarar com “tamanha beleza”.

— Foi muito especial fazer este trabalho. A mecha é um charme e a Maya é extremamente boazinha. Eu pensei em toda cenografia para destacar os fios reluzentes do cabelo dela.

Mãe e filha têm a mesma mecha

Além da decoração marcada por tons brancos e prateados, um elemento natural completou as cenas: a mecha dos cabelos da própria mãe do bebê. Assim como a filha, Talyta Youssef carrega a marca desde que nasceu.

Trata-se de uma alteração na produção de melanina, conhecida como piebaldismo. A desordem genética é hereditária e já está na família de origem síria há gerações. Além das duas, o avô, a mãe dela, uma tia e dois primos têm a mesma doença.

A dermatologista Tânia Nely Rocha, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que a doença tem cura. Com tratamentos à base de corticoides e cremes é possível restaurar a cor da pele e dos fios de cabelo. Ainda assim, o protetor solar não deve ser deixado de lado.

— Tem cura, mas a família deve deixar para a própria Maya decidir se vai querer ou não permanecer com mancha. Ela pode, por exemplo, se idêntificar com a família e isso não ser uma dificuldade para ela.

A médica ainda alerta que a condição não causa outros problemas de saúde. Todavia, ela pode estar aliada a síndromes como de Woolf e Waardenburg, que podem provocam diferença na cor da íris dos olhos, surdez e excesso de pelos na sobrancelha.

Ciente disso, a mãe de Maya segue todas as orientações dos especialistas e não deixa de fazer todos os acompanhamentos médicos solicitados. Ela não teve nenhum outro sintoma detectado.

Ser diferente

Maya é a primeira filha do casal e nasceu de uma gravidez não planejada. Talyta e o marido moravam na Áustrália há quatro anos quando souberam da gestação, em fevereiro deste ano. Por questões de saúde, eles voltaram para o Brasil e, novamente, a filha pegou o casal de surpresa.

— Eu não esperava essa repercussão toda. Estamos achando engraçado.

Contudo, para a mamãe de primeira viagem, a “fama” não foi o mais legal da história. Para ela, o que mais a satisfez foi o fato de que a mecha – que um dia já a fez sofrer bullying – ter chegado mais uma vez na família, mas com um novo significado e repleta de bons sentimenos.

— Eu vou trabalhar para mostrar à Maya que é legal ser diferente e ela é especial, assim como eu. Mas estou muito feliz porque são  muitas manifestações de empatia, amor e ternura.


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