Bolão da Mega da Virada vira caso de polícia: homem foge com bilhete

PUBLICIDADE

Após o sorteio, um bolão feito no interior de São Paulo levou R$ 108,3 milhões. No entanto, participantes acusam organizador de fugir com o prêmio.

Um grupo de dez moradores da cidade de São José da Bela Vista, em São Paulo, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o organizador de um bolão vencedor na Mega da Virada. Com o sorteio, o bolão faturou R$ 108,3 milhões no dia 31 de dezembro. No entanto, o responsável pelo bolão fugiu da cidade.

Dessa forma, os participantes afirmam que não foram contemplados com o prêmio, mesmo tendo comprado suas cotas. Contudo, o organizador afirma que dois bolões distintos foram realizados, sendo apenas um deles premiado. De acordo com a Caixa Econômica Federal, nove cotas do bolão vencedor na cidade já foram resgatadas, cada uma no valor de R$ 12 milhões.

Versão de quem não ganhou o prêmio

O advogado da parte acusadora, Mário Bassi, explica que o bolão vencedor da Mega da Virada teria reunido, ao todo, 44 cotas, no valor de R$ 30 cada. Contudo, o organizador utilizou o valor arrecadado para fazer mais dois jogos separados, não tendo avisado aos participantes. Assim, as apostas ficaram divididas da seguinte forma:

  • Um bolão dividido entre 35 pessoas;
  • Um segundo bolão, o vencedor, dividido apenas entre 9 apostadores.

Além disso, Bassi ainda afirma que os apostadores foram abordados de maneira informal pelo WhatsApp ou pessoalmente, na segunda semana de dezembro. Contudo, os apostadores não exigiram um comprovante da aposta antes do sorteio.

Sendo assim, a defesa do grupo que não ganhou, informou que entrou com uma ação judicial com provas que comprovam a participação de seus clientes no bolão.

Versão dos vencedores

Já o advogado do grupo acusado, Thiago Ganzotti, afirma que o grupo vencedor da Mega da Virada faz parte de um bolão formado há sete anos por nove amigos. Desse modo, a aposta com os demais 35 integrantes faria parte de um segundo bolão, organizado somente para a aposta de fim de ano.

No entanto, as apostas foram realizadas no mesmo dia. “O grupo do bolão organizado, existe desde 2015, fato jamais escondido de nenhum morador. As pessoas nele presentes mensalmente jogam na Mega-Sena, e, ao final de 2022, não foi diferente; reunidos, fizeram as apostas, e cada qual ficou com a sua cota”, afirmou Ganzotti.

Além disso, o advogado informou que os vencedores tiveram que mudar de cidade por se sentirem ameaçados, devido a algumas declarações feitas pelos participantes do outro bolão. Assim, Thiago afirma que o grupo não teve a intenção de esconder qualquer aposta ou tirar vantagem sobre o bolão em questão.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT