Deputado está de saída do PSC, assinou um pré-contrato com o Patriota, mas aumentou as exigências para se filiar e ameaça buscar outra legenda
Jair Bolsonaro movimenta multidões, tem um batalhão de defensores nas redes sociais e briga pela liderança na disputa à Presidência — mas ainda não tem um partido para chamar de seu.
O deputado está de saída do PSC (o oitavo pelo qual passou) e busca um novo ninho para 2018.
As negociações seguem a todo o vapor e repetem, em torno do candidato que engrossa a voz para dizer que é diferente dos grandes caciques, o que há de mais tradicional na política: barganhas, brigas por espaço e disputa por poder.
O deputado assinou um, digamos, pré-contrato com o PEN, e a migração definitiva está programada para março. Enquanto não veste a camisa da nova legenda, o presidenciável tenta faturar.
Do acordo inicial, que previa a mudança no nome do partido (que agora se chama Patriota), um naco da executiva nacional e adaptações no estatuto para incluir suas bandeiras, como o combate à legalização do aborto e das drogas, tudo foi milimetricamente cumprido, segundo as lideranças do partido.
“Dinheiro eu nunca tive, mas palavra eu tenho”, disse Bolsonaro em agosto, comprometendo-se a, até março de 2018, passar a integrar a nova legenda sem pedir nada em troca. O deputado, ao que parece, mudou de ideia.
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