Bolsonaro defende que postos mostrem ‘preço de fábrica’ dos combustíveis

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Medida permitiria que os consumidores entendam ‘quem está ganhando muito’.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu a instalação de placas que mostrem o “preço de fábrica” dos combustíveis nos postos de abastecimento. A ideia defendida pelo mandatário, durante entrevista transmitida ao vivo pela sua página do Facebook, é que os locais mostra o valor pago pelo litro da gasolina e do álcool nas refinarias, deixando claro aos consumidores quem estaria “ganhando muito”: governadores, o presidente, a estatal ou os distribuidores.

“Espero do pessoal um pouco de entendimento e paciência. Tá caro a gasolina, mas procura saber o porquê. Quanto está em Portugal, nos Estados Unidos? Dá para diminuir? Dá, estou fazendo o possível, mas dá para entender os lobbies que existem nos setores que agem nos combustíveis desde a extração, refino, transporte, revendedor até chegar a você. Quem está ganhando muito? É o governador que está ganhando muito, o presidente? Os tanqueiros estão cobrando preço justo, os donos de posto estão colocando o preço justo? Nesta semana vamos baixar um decreto para que cada posto de combustível coloque quanto custa a gasolina na refinaria e o álcool na destilaria. Vai ter esse decreto. quando chegar no posto vai falar ‘a gasolina da Petrobras está R$ 4, por que aqui está R$ 8’?”, afirmou, defendo a proposta. “Poderia colocar o preço de fábrica, vou levar para o Paulo Guedes“, completou.

Na mesma entrevista, Bolsonaro falou sobre a política de preços da Petrobras, criticou os aumentos imediatos e disse que se fosse deputado federal assinaria o requerimento para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a “a composição do preço do combustível”. 

“A Petrobras está gangrenando agora com o PPI. Não tem justificativa subir lá fora e subir imediatamente aqui. Não tem essa justificativa, ainda mais a ganância da Petrobras. Ela está tendo lucro inimagináveis e ela poderia não dar esse reajuste todo, porque apesar do estatuto falar de PPI, a periodicidade é um ano. Não precisa subir imediatamente”, defendeu.

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