Desde o começo da pandemia do Coronavírus, período que já ultrapassa o ano e meio, as medidas econômicas têm sido quase igual de importantes do que as polêmicas medidas sanitárias dispostas pelo governo federal, assim como os governos estaduais.
Apoiar tanto às pequenas empresas quanto aos trabalhadores com facilidades de acesso aos serviços financeiros como um empréstimo ou auxílios econômicos ajudou para que a crise não se aprofundasse mais ainda, levando em conta que muitas pessoas perderam as suas fontes de ingresso.
Um dos programas, vigente faz tempo, que mais ajudou aos lares mais empobrecidos foi a famosa bolsa família. Ele é um programa criado em 2003 pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), planejado para lutar contra a pobreza e a desigualdade no país. Trata-se de um programa de transferência direta de renda dirigido às famílias em situação de pobreza e pobreza extrema para garantir o seu direito à alimentação e o acesso à saúde e à educação.
A boa notícia para as mais de 13,9 milhões de famílias atendidas pelo programa, é que no começo deste mês o presidente Jair Bolsonaro anunciou um novo valor do Bolsa Família podendo chegar até R$400, ou seja, o dobro do atual, que é de R$192 em média. A partir da decisão o valor mínimo entregue sobe para R$300 podendo chegar ao máximo anunciado.
Ao falar da medida, Bolsonaro disse: “Eu tenho que ser bastante cauteloso, porque você tem que ter responsabilidade. É igual você pegar um empréstimo, tem que ver realmente se você não vai se tornar refém a vida toda daquela pessoa que você foi pegar empréstimo”.
Pouco tempo antes da decisão, o presidente defendia que o ticket aumentasse para R$300 só, mas acabou ganhando força a proposta do aumento ainda maior impulsionada pela ala política do governo.
Mais uma ajuda foi anunciada em relação ao gás de cozinha, que vem registrando fortes aumentos no preço, prejudicando aos mais vulneráveis. O vale-gás é uma proposta que visa que as famílias carentes recebam um cartão com um valor bimestral de cerca de R$120 para a compra do botijão de gás.
O benefício é estruturado pelo Ministério de Minas e Energia, através de um fundo de mais ou menos R$3 bilhões custeado pela Petrobrás. Essa não era a ideia original: o presidente pensava na ideia da entrega de um botijão de gás bimestral para as famílias inscritas no Cadastro Social. A mudança surgiu após analisar o alto custo de logística envolvido.
Mesmo que a o anúncio ia ser feito em outubro para viabilizar a entrega do vale-gás em novembro, junto com o Auxílio Brasil (o programa social que substituirá o Bolsa Família), com a suba sa inflação sobre o preço do botijão, o presidente foi aconselhado antecipar a ajuda podendo iniciar em setembro.
A respeito do incremento no valor do gás, Bolsonaro se defendeu aclarando que ele foi que zerou o imposto federal, pelo qual o forte incremento no preço final é consequência dos impostos de cada estado e do frete, fatores nos quais não tem controle.