O agressor, na maior parte das ocorrências, é alguém do convívio familiar ou próximo à vítima. 29% das violências são praticadas por um irmão, 17% por filho, 11% pela mãe e 7% pelo pai.
Ao longo de 2019, o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) recebeu 12,9 mil denúncias de violências praticadas contra pessoas com deficiência. O grupo ocupa o terceiro lugar entre as principais vítimas, com 8% do total, atrás de crianças e adolescentes (55%) e idosos (30%). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
Em relação a 2018, houve um crescimento de 9% na quantidade de denúncias, fenômeno explicado pelo aumento geral de disponibilidade dos serviços oferecidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH).
As principais violações a que o grupo está submetido são negligência (41%), violência psicológica (22%), violência física (15%), abuso financeiro (14%) e violência institucional (4%).
As denúncias estão concentradas na região Sudeste, nos estados de São Paulo (2,9 mil), Minas Gerais (1,9 mil) e Rio de Janeiro (1,4 mil), que respondem por 48% do total de denúncias registradas para o grupo.
Considerando a metodologia de taxa por 100 mil habitantes, o estado de Minas Gerais possui maior incidência de denúncias de violações contra pessoas com deficiência (9 denúncias por 100 mil habitantes), seguido de perto por Sergipe e Distrito Federal, com 8,9 e 8,6, respectivamente.
O agressor, na maior parte das ocorrências, é alguém do convívio familiar ou próximo à vítima. 29% das violências são praticadas por um irmão, 17% por filho, 11% pela mãe e 7% pelo pai.
Sobre o perfil da vítima, as informações são de que 54% são do sexo feminino e 46% do sexo masculino, predominantemente da cor branca (45%) ou parda (41%). Ela apresenta deficiência mental em 58% dos registros.
O Disque 100, o app Direitos Humanos Brasil e o site da ONDH são gratuitos e funcionam 24 horas por dia, inclusive em feriados e nos finais de semana.
Fonte: Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos