Estudo do IBGE aponta que o país sempre teve a pobreza concentrada nestes grupos vulneráveis.
As crianças e os adolescente são os mais afetados pela pobreza no Brasil. De acordo com o estudo ‘Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida’, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, 12,5% da população brasileira de 0 a 14 anos vivia na extrema pobreza e 43,4% na pobreza. Em números absolutos, são 5,2 milhões de brasileiros de 0 a 14 anos na extrema pobreza e 18,2 milhões na pobreza.
São considerados em situação de extrema pobreza as pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, o que equivale a aproximadamente R$ 140 por mês. Já a linha de pobreza é de rendimento inferior a US$ 5,5 por dia, o que corresponde a cerca de R$ 406 por mês.
Historicamente, o Brasil sempre foi um país com pobreza concentrada em crianças e jovens, embora a condição destes grupos tenha melhorado nas últimas décadas com a implementação de programas sociais, como o Bolsa Escola, nos anos 90, depois incorporado ao Bolsa Família.
Números gerais
Em 2017, o Brasil tinha 54,8 milhões de pessoas que viviam com menos de R$ 406 por mês, dois milhões de pessoas a mais que em 2016. Portanto, a proporção da população em situação da pobreza subiu de 25,7% para 26,5%.
A região Nordeste concentra o maior percentual de pessoas em situação de pobreza, com 44,8%, o que equivale a 25,5 milhões de pessoas. Entre os estados, o Maranhão tem a maior proporção de pessoas em situação de pobreza, com 54,1%, seguindo de Alagoas, com 48,9%.
Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) foram as duas únicas capitais onde o contingente de pessoas que ganham menos de R$ 406 por mês superava a dos respectivos estados: em Porto Velho era 27%, contra 26,1% em Rondônia; em Cuiabá, 19,2%, contra 17,1% no Mato Grosso.
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