No que se refere ao desvio de recursos públicos, o País está entre os três últimos do ranking.
O brasileiro é quem menos confia em sua classe de políticos, entre 137 países avaliados pelo mundo. A constatação faz parte do ranking de competitividade, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.
Em 2008, o Brasil era o 122º colocado entre 134 economias examinadas. Em 2013, o País ocupava a 136ª posição nos critérios que mediam a confiança pública nos políticos, de um total de 148 países avaliados. Em 2017, o Brasil é o último colocado.
No Brasil, a Fundação Dom Cabral (FDC) é responsável pela pesquisa de opinião realizada junto à comunidade empresarial. Para chegar a esse resultado, a entidade ouviu 103 executivos no período entre março e maio de 2017. Pelo mundo, parceiros do Fórum coletaram um total de 15 mil entrevistas sobre as mais de cem economias.
Mas a descrença do brasileiro com seus representantes políticos não é o único problema.
No que se refere ao desvio de recursos públicos, o País está entre os três últimos do ranking. No critério sobre eficiência dos gastos governamentais, o Brasil aparece entre os quatro piores. O peso de regulações do estado é a segunda pior do mundo, enquanto ainda pesam a violência e o comportamento ético.
Para Daniel Gomez, um dos autores do informe em Genebra, a confiança nas autoridades é algo “fundamental” para a competitividade de uma economia. “Isso afeta os custos para uma economia, se um empresário não pode confiar em uma autoridade, ou num político”, disse. “Isso torna mais custoso fazer negócios”, afirmou.
Segundo ele, o pilar institucional é “crítico” para a competitividade do Brasil. Mas aponta que começa a existir uma percepção de que o caso da corrupção começa a ser tratado. “Mas ainda existem problemas sérios e o Brasil está numa posição muito inferior ao que deveria estar”, disse. Para ele, as instituições são “as fundações” sobre o qual o mercado deve operar.
Apesar de destacar os problemas da corrupção no Brasil, o Fórum Econômico Mundial teve alguns dos principais protagonistas dos escândalos no País como seus membros de honra. Marcelo Odebrecht, por exemplo, foi co-presidente da entidade na América Latina.
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