Os manifestantes que assinaram o documento afirmaram que a campanha foi uma “ofensa aos cristãos”.
A rede de fast food Burger King se habituou a alfinetar cristãos e valores de fé do cristianismo para promover seus produtos. A provocação mais recente aconteceu em um anúncio que usou as palavras de Jesus na ceia com os discípulos para vender um novo lanche.
A reação dos cristãos na Espanha, onde o anúncio foi veiculado, foi imediata e intensa, o que levou a empresa a pedir desculpas e ordenar a retirada de circulação da peça publicitária. As informações são do GospelMais.
O Burger King pediu desculpas por usar as palavras de Jesus na Última Ceia para promover seu hambúrguer vegetariano durante a Semana Santa. A empresa fez um trocadilho com a frase “tomai e comei tudo, porque não leva carne”.
Outros anúncios empregavam o uso da frase “The Flesh of My Flesh”, com a palavra “carne” riscada e substituída pela palavra “vegetal”. Apesar de estar sediado nos Estados Unidos, o Burger King tem mais de 200 restaurantes na Espanha.
A gigante do fast-food recuou diante da reação dos católicos, que são 60% da população da Espanha. A frase do anúncio rendeu particular irritação por ser uma reprodução de uma frase usada pelos padres na missa durante a oração para consagração da eucaristia.
Os padres repetem as palavras que Jesus disse na Última Ceia, pouco antes de sua morte, onde instituiu a Eucaristia: “Tomai, todos vós, e comei, porque isto é o meu corpo, que será entregue por vós”.
De acordo com informações do portal The Christian Post, o anúncio foi exposto em paradas de ônibus em todo o país.
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Boicote
“Aparentemente, a perda do gosto culinário e a falta de respeito pelos sentimentos religiosos andam de mãos dadas”, escreveu o bispo José Munilla, da Diocese Católica Romana de Orihuela-Alicante, em sua conta no Twitter.
Um abaixo-assinado virtual reuniu 28 mil assinaturas pedindo que o CEO do Burger King International, Daniel Schwartz, demitisse Jorge Carvalho, gerente geral do Burger King na Espanha e Portugal, por causa da campanha publicitária.
Os manifestantes que assinaram o documento afirmaram que a campanha foi uma “ofensa aos cristãos”.
“Nem tudo é bom para vender e o uso das palavras de Jesus Cristo como ferramenta de marketing em meio à comemoração de sua morte e ressurreição está além do aceitável”, afirma a petição, cujo texto diz que os signatários jamais voltariam a consumir os lanches se o gerente não fosse demitido.
“Pedimos desculpas a todos aqueles que se sentiram ofendidos por nossa campanha destinada a promover nossos projetos de vegetais na Páscoa. Nossa intenção nunca foi ofender ninguém e a retirada imediata da campanha já foi solicitada”, escreveu o Burger King.
No Brasil, a empresa já foi acusada de promover o progressismo em suas campanhas, usando crianças para “explicar” a conservadores os conceitos e bandeiras do movimento LGBT.