Clima quente pode levar a temperatura interna de um carro parado no sol a passar de 80ºC e risco aumenta se objetos forem deixados nos bancos.
As altas temperaturas registradas nos últimos dias, com os termômetros atingindo em alguns dias a casa dos 35ºC, despertaram a suspeita que a “onda” de incêndios em veículos na região pode ter como causa também o clima – e não apenas as famosas “panes elétricas”.
Alguns especialistas, como o físico Demílson Quintão e os próprios bombeiros, alertam que objetos deixados nos interior dos veículos podem se tornar um problema para o donos do carros.
Com um termômetro digital, foi medida a temperatura interna de um veículo deixado no sol e o resultado é surpreendente. A temperatura no banco traseiro que ficou exposto à radiação solar registrou 82ºC.
Uma garrafa plástica que estava sobre o banco atingiu 55ºC. Para o tenente Vitor Tozzi, do Corpo de Bombeiros, esses números representam um alerta para os motoristas.

“Vidros e garrafas concentram calor. E, numa situação dessas, de calor intenso e num banco em que já está com uma temperatura alta acima de 80ºC, uma concentração de calor pode, sim, originar um incêndio”, explicou Tozzi.
O físico Demílson Quintão explica que no caso de garrafas de água o líquido dentro do vidro pode se transformar numa espécie de “lupa”, que concentra os raios solares e o fenômeno pode eventualmente provocar um foco de incêndio.
Além do forte calor, outra causa comum dos incêndios veículos pode ser a falha na manutenção elétrica. O mecânico Israel Trassi explica que é preciso checar a fiação, os cabos da bateria e verificar se nenhum acessório que consome energia foi instalado fora nas normas de segurança.
“A parte de fusível é muito importante. Além disso, a fiação do carro não pode ter nenhum contato com a parte metálica do veículo. A manutenção é essencial”, diz o mecânico.
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