De acordo com o levantamento, o mês mais tranquilo, até agora, foi setembro, com “apenas” 22 ligações.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deve, nos próximos dias, procurar o 2º Distrito Policial (DP) de Limeira para registrar uma ocorrência sobre o grande número de trotes que o serviço vem recebendo nos últimos dias. Há problemas, principalmente, com dois números de telefones celulares que passam trotes quase que diariamente ao telefone 192.
Há seis meses, os telefonistas do serviço têm feito um levantamento dos trotes. Eles qualificaram as trotes como infantil ou adulto, e mapeiam o horário em que as ligações mais acontecem. O objetivo foi identificar o perfil de quem mais liga sem motivo. De maio até outubro, foram registrados 288 trotes e a maioria, é passado por adultos. Foram 178 ligações em que o interlocutor é identificado como adulto. Infantil, neste período, foram 110 ligações.
Passar trotes em números de emergência é crime previsto no artigo 340 do Código Penal e prevê detenção de um a seis meses para quem “provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado”.
Os trotes são passados, na maioria das vezes, durante a manhã. Em três meses, os adultos e as crianças ligaram neste período do dia. Depois, os adultos preferem a noite e, as crianças, o período da tarde.
De acordo com o levantamento, o mês mais tranquilo, até agora, foi setembro, com “apenas” 22 ligações. Os trotes infantis nesse mês foram a maioria, com 14 casos. E o pior mês, foi outubro, quando foram registrados 100 trotes. No décimo mês do ano, foram 84 ligações de adultos.
A situação que fez com que a administração do Samu tomasse a atitude de acionar as autoridades aconteceu no dia 26 do mês passado. Em apenas uma hora – das 8h às 9h, foram 35 ligações. O número mais problemático ligou, em 30 minutos, 26 vezes, quase uma ligação por minuto. Outro número ligou, na outra meia hora, nove vezes. “Parece que nesse dia eles combinaram de ligar os dois juntos”, alegou Fernanda Cantão, assistente de capacitação e humanização do Samu
A pessoa que utiliza o número que mais passa trote no 192 já foi identificado. Ele é de Cordeirópolis (SP) e apresentaria um quadro de deficiência mental. Algumas vezes, ele dá risada, outras, fica quieto e, quando é atendido por mulheres, começa a falar frases de cunho sexual.
“Quando retornamos a ligação para o número que é identificado, a operadora informa que o número não existe”, alegou Fernanda. A regra é que eles atendam todas as ligações, pois, um dia, a ligação pode ser, de fato, um pedido de socorro.
Em um outro caso, de acordo com um telefonista, a criança ligou para o 192, incentivado pelo pai. No meio da ligação, o pai pega o telefone e começa a pedir para a telefonista dizer o nome dela ao filho. “Ele tava ensinando o filho a ligar para o número de emergência da maneira errada”, alegou a telefonista.
Com informações de Carlos Gomide – TV Jornal de Limeira
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