Cão que teve pata amputada após ser amarrado na linha do trem é adotado

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O animal foi amarrado na linha do trem em Lorena (SP) no dia 31 de julho e foi resgatado por uma ONG da cidade. 

A história do cachorro que teve a pata amputada após ser amarrado na linha do trem de Lorena (SP) no dia 31 de julho teve um final feliz. O animal foi adotado pela técnica de enfermagem Lislaine Lis, de 23 anos, e já está na casa da nova família desde a última quarta-feira (29).

Ele ficou 29 dias em tratamento em uma clínica veterinária da cidade após ter sido resgatado pela ONG União Protetora dos Animais.

“Eu visitava ele todos os dias e cada dia era um carinho diferente. Eu chamava e ele já abanava o rabinho. Ele ficava tão alegre que esquecia que não tinha uma patinha e corria na minha direção”, falou Lislaine.

Ela contou que ficou sabendo do ‘Amigão’ – como foi batizado pelos funcionários da clínica – pelas redes sociais. “Eu vi que ele estava na clínica de um conhecido e perguntei para ele sobre o cachorro. Depois conversei com a minha mãe e a minha irmã e elas gostaram da ideia da adoção. Falei que poderíamos dar tudo o que ele nunca teve”, disse Lislaine.

O Luis Gustavo Simões, veterinário que cuidou do Amigão, falou sobre a relação dele com a adotante. “Dava para ver a alegria que ele [Amigão] sentia por estar perto dela”, disse Luis. “A recuperação dele foi ótima. A cicatrização foi muito boa, ele não deu trabalho nenhum”, afirmou.

Amigão ficou 29 dias em tratamento em uma clínica veterinária  (Foto: Clinica Mania Animal)

Amigão ficou 29 dias em tratamento em uma clínica veterinária (Foto: Clinica Mania Animal)

Segundo Lislaine, muitas pessoas se sensibilizaram com a história do Amigão durante o tratamento. “Ele motivou a cidade inteira, todo mundo está querendo ajudar. Oferecem até banho gratuito para ele. O Amigão trouxe mais alegria pra casa e já está brincando com a outra cadela que temos”, disse Lislaine.

Maus-tratos

Na dia do crime, a Paola Giordani, presidente da ONG União Protetora dos Animais, contou que recebeu um chamado para atender um caso de maus-tratos e que ao chegar na linha do trem, por volta de 15h, encontrou o cão parcialmente desamarrado, próximo ao trilho.

Ela disse que ele estava sangrando e em “estado de choque”. A pena para o crime de maus-tratos vai de três meses a um ano de detenção e multa, de acordo com a lei de crimes ambientais, que pode ser aumentada de um sexto a um terço caso ocorra a morte do animal. O autor dos maus-tratos contra o cão não foi identificado.

(*) Colaborou Luiza Veneziani


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