Casa Rosa vai abrigar mulheres vítimas de violência doméstica em Araras, SP

PUBLICIDADE

Inauguração será na próxima terça-feira (15) e o objetivo é garantir acolhimento, segurança e reestruturação da vida; projeto que tramita no legislativo prevê denominação em homenagem à Nilza Aparecida Fernandes.

A Prefeitura Municipal de Araras (SP) protocolou no último dia 3, na Câmara Municipal o Projeto de Lei nº. 39/2020 que denomina Casa Rosa Nilza Aparecida Fernandes, o serviço de acolhimento para mulheres em situação de violência. O documento já foi lido pelo legislativo e será votado na próxima sessão, segunda-feira (14).

O abrigo vai funcionar em um prédio municipal que passou por reforma e que disponibiliza 10 casas para abrigar mulheres e seus filhos, quando vítimas de qualquer tipo de violência doméstica ou abandono. “A moradia é provisória, porém elas terão toda atenção básica, como alimentação, segurança e ajuda para recolocação no mercado de trabalho, enfim, estrutura adequada para que essas pessoas consigam reestruturar a vida”, disse Delcina Maria de Souza Teixeira, secretária municipal de Assistência Social.

Além das unidades habitacionais a Casa Rosa oferece área de serviço comunitária, brinquedoteca e playground. O projeto é realizado por meio de parceria entre as secretarias de Planejamento, Gestão e Mobilidade, Habitação,  Assistência Social e o FUSS (Fundo Social de Solidariedade), e tem como objetivo garantir a preservação da integridade física, emocional, o auxílio no processo de reorganização da vida e resgate da autoestima.

O novo serviço irá fortalecer as redes de proteção e atenção à mulher, composta também pelo Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). A inauguração da Casa Rosa acontece na próxima terça-feira (15) e o local é mantido em segredo para preservar as futuras moradoras do local e seus filhos.

Quem foi Nilza Aparecida Fernandes

Nilza Apparecida Fernandes nasceu em São Manuel, Estado de São Paulo, em 08 de outubro de 1937, e morou algumas décadas na cidade de São Paulo. Trabalhando como secretária em um escritório de advocacia, conviveu com importantes figuras públicas como Ulisses Guimarães, Franco Montoro e Dona Ruth Cardoso.

Ainda em São Paulo casou-se em 1965 com o artista plástico, joalheiro e armeiro da presidência da República, Angel Emílio Rojo Merino, com quem teve três filhos: Ana, Ângelo e Isabel.

Nilza exercia o verdadeiro papel de cidadã. Não media esforços para ajudar os mais necessitados e lutava para ver os direitos de quem mais precisava de ajuda, serem atendidos. Acreditava na política como ferramenta de transformação social.

Chegou a Araras acompanhando os filhos e o marido, que tinha familiares na cidade. Exemplo de fraternidade e acolhimento ao próximo, trabalhou como auxiliar administrativo na Secretaria Municipal da Saúde e, por muitos anos, como voluntária transitando entre a saúde e a assistência social.

Nilza era irmã do Ararinha (José Fernandes de Mattos), torcedor símbolo do União São João e ambos apaixonados por Araras. Nilza faleceu em fevereiro de 2020, aos 83 anos.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT