Morador de Itapetininga (SP) ganhou chocolate da namorada e encontrou larvas ao abri-lo, no domingo de Páscoa. Na Europa, produtos da marca foram retirados dos mercados por suspeita de contaminação pela bactéria salmonela.
Um casal de Itapetininga , no interior de São Paulo, teve uma surpresa desagradável ao abrir um Kinder Ovo no domingo de Páscoa. Eles encontraram larvas vivas dentro do chocolate.
Um vídeo gravado momentos após o flagrante, mostra uma larva na borda do ovo de chocolate. O Kinder Ovo comprado em Itapetininga foi fabricado na Argentina. A marca do chocolate informou que o caso não tem qualquer relação com o recall por suspeita de salmonela realizado em outros países.
No último dia 14, a Anvisa proibiu a venda e importação de chocolates Kinder fabricados na Bélgica, por suspeita de contaminação dos produtos pela bactéria Salmonella typhimurium na Europa. O estudante de engenharia Ricardo Romanha de Oliveira contou que ganhou o chocolate da namorada, como presente de Páscoa, juntamente com um doce de outra marca.
De acordo com ele, os produtos foram comprados em uma loja localizada no shopping da cidade, na quarta-feira (13). “Dividimos o chocolate. Metade eu entreguei para a minha namorada e fiquei com a outra. Quando eu coloquei aquilo na boca, vi as larvas se mexendo na outra parte e joguei o chocolate no chão. Minha namorada também já estava mastigando. Foi nojento. Uma sensação horrível”, lembrou o estudante.
Segundo ele, depois de consumir parte do chocolate, eles sentiram dores abdominais e enjoos. Por conta do transtorno, o casal decidiu guardar o produto para pedir o reembolso na loja na tarde desta segunda-feira (18). Além disso, Ricardo disse que pretende comunicar a empresa fabricante sobre o ocorrido.
O que diz a Kinder
Em nota, a marca Kinder disse que tomou conhecimento do caso através da reportagem e que não recebeu queixa do consumidor via SAC. A empresa informou que está em contato com o cliente para entender a situação e que os produtos da marca “são fabricados com os mais rígidos controles de qualidade existentes”.
A nota reforça ainda que a proibição da Anvisa “refere-se exclusivamente aos produtos Kinder fabricados em Arlon, na Bélgica, e que estes não são distribuídos pela Ferrero no Brasil“.
Segundo a empresa, os chocolates vendidos pela Ferrero do Brasil no país são seguros para consumo, e os moradores que tiverem problemas podem entrar em contato pelos canais de atendimento: telefone 0800-701-6595 e [email protected].
Leia também:
- Anvisa proíbe venda e uso de produtos Kinder no Brasil
- Portaria dos ministérios da Saúde e do Trabalho flexibiliza máscara nas empresas
- Fies: 127 mil beneficiários já solicitaram renegociação de dívidas
- Motorista enche tanque com gasolina e foge de posto sem pagar R$ 370
Casos de salmonela na Europa
No início do mês, produtos da marca Kinder vendidos em diversos países da Europa foram retirados dos mercados após uma suspeita de contaminação pela bactéria salmonela.
Foi solicitada a devolução dos produtos Kinder produzidos nas fábricas de Arlon, na Bélgica, os quais eram comercializados na França, na Bélgica, no Reino Unido, na Irlanda do Norte, na Alemanha e na Suécia.
Depois disso, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou a Ferrero do Brasil, dona das marcas Kinder Ovo, Nutella e Ferrero Rocher.
A pasta determinou que a empresa esclareça as medidas adotadas para evitar infecção aos consumidores brasileiros ou que faça o recall dos produtos no país. No entanto, a empresa afirmou que os chocolates da marca vendidos no Brasil não estão sob suspeita de contaminação.
Isso porque os produtos alvos do recall na Europa foram fabricados na Bélgica. Já os vendidos no Brasil são produzidos na América do Sul. No último dia 14, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, distribuição, importação e uso de chocolates da marca Kinder fabricados pela empresa Ferrero na Bélgica.
Segundo a Anvisa, a medida foi adotada por prudência e para evitar que os produtos sejam trazidos ao país por pessoas físicas ou importadoras. As intoxicações alimentares causadas por salmonela causam transtornos gastrointestinais, com frequência acompanhados de febre nas 48 horas seguintes ao consumo.