Homem, de 25 anos, e companheira, de 19, admitiram o crime, segundo a polícia. Vítima estava desaparecida desde 29 de junho.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou o pedido de prisão preventiva do casal acusado de matar um motorista de aplicativo em Campinas (SP). A dupla foi presa na noite de segunda-feira (6) e, segundo a Polícia Civil, confessou o crime.
O motorista, Luís Otávio Comício, de 23 anos, estava desaparecido desde 29 de junho. O carro dele foi encontrado queimado em uma estrada do bairro Jardim do Sol, próximo ao Cemitério Parque das Flores. Segundo o Baep, o corpo da vítima estava carbonizado.
O veículo foi encontrado após o homem, de 25 anos, ser detido por outro crime, ao negociar uma máquina de churros e um veículo Fiorino roubados. O casal já era investigado pelo homicídio porque a mulher, de 19 anos, fez uma ligação para vítima.
Após a prisão por roubo, o Setor de Homicídios da Polícia Civil, que apurava o desaparecimento do motorista de aplicativo, foi à delegacia e os dois confessaram a participação no crime.
Segundo a Polícia Civil, a suspeita é que o crime tenha ocorrido após uma discussão entre o casal e o motorista. Luís Otávio teria sido morto a socos e pauladas antes de ser carbonizado. Um exame de DNA deve ser feito para comprovar a identidade.
Prisão preventiva negada
Na decisão, o TJSP ressaltou recomendações publicadas em guias e protocolos internacionais para que “os Estados adotem medidas especiais visando ao desencarceramento, com apego ao princípio ‘pro persona’, para que prevaleça o devido e oportuno cuidado com a população”.
Mesmo assim, o tribunal determinou algumas regras para a soltura dos suspeitos:
- a) apresentação mensal em juízo para justificar e comprovaras suas atividades;
- b) proibição de manter qualquer tipo de contato com as testemunhas nomeadas neste procedimento investigativo, devendo manter delas distância de pelo menos 500 metros;
- c) proibição de ausentar-se da cidade de seu domicílio até o final deste processo;
- d) recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.
O tribunal dispensou ainda a necessidade de uma audiência de soltura em face das medidas que vêm sendo tomadas para combater a disseminação do coronavírus.
Outros dois homens, que são irmãos, suspeitos de terem participado do crime, confirmaram a versão do casal, mas já haviam sido liberados após o depoimento por não terem sido presos em flagrante.