Crime ocorreu na sexta-feira (31), em Pirassununga (SP). Jorge Antunes admitiu assassinato quando fazia coleta de material genético para comparar com o encontrado na unha da vítima.
O caseiro suspeito de ter assassinado a patroa Tanya Trevisan no último dia 31, em Pirassununga (SP), confessou o crime na tarde desta quarta-feira (5), de acordo com a Polícia Civil.
Jorge Antunes está preso em Piracicaba desde a última sexta-feira e alegou que teve um desentendimento com a dona de casa por dinheiro.
Provas
A Polícia Civil foi até o Centro de Detenção Provisória, fazer a coleta de material genético do suspeito para confrontar com o material colhido embaixo da unha da vítima.
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Tanya Trevisan foi encontrada morta em Pirassununga (Foto: Reprodução/Facebook)
No momento da coleta, o caseiro confessou ter assassinado a patroa por um desentendimento causado por dinheiro.
“Ele disse que ela não estava pagando o salário dele e nem uma dívida que ela tinha com ele”, disse o delegado Maurício Miranda.
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito declarou que fez tudo sozinho e que o libanês e ex-companheiro da vítima, Ziad Abboud, não teve participação no crime. Um mês antes do crime, ela aparece em um vídeo denunciando o libanês por ameaças e agressões.
“Essa confissão dele só veio a confirmar a nossa suspeita inicial, que ele tinha sido o autor. Agora, a gente tem algumas outras provas para ir atrás. Ele apontou alguns elementos e nós vamos atrás para confirmar a versão dele. Fora a coleta do material genético que a gente fez para confrontar com a unha dela”, acrescentou o delegado.
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Chácara onde mulher encontrada morta morava em Pirassununga (Foto: Repórter Naressi)
O crime
Tanya Trevisan foi encontrada morta no dia 31 de agosto, na chácara em que morava. O caseiro e principal suspeito do crime foi quem avisou um guarda civil municipal da morte. Ele disse que a patroa tinha cometido um suicídio.
Mas no local a polícia encontrou marcas de luta e arranhões no pescoço do caseiro. Um exame do Instituto Médico Legal (IML) de Limeira constatou serem lesões provocadas por unha.
O corpo de Tanya estava com marcas no pescoço. A polícia recolheu uma corrente próximo ao corpo dela que pode ter sido usada para asfixiá-la.
Não havia registro de boletim de ocorrência contra o caseiro.
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Tanya Trevisan foi encontrada morta em Pirassununga (Foto: Reprodução/Facebook)
Vídeo sobre ameaças e agressões
Após a morte, um vídeo em que a dona de casa aparece denunciando ameaças de morte e agressões de um inquilino libanês, gravado um mês antes do crime, começou a circular nas redes sociais.
Ela diz que o homem entrou em sua casa e a agrediu, assim como seus cachorros, chegando a por fogo na casa. “A polícia não faz nada, a Justiça não faz nada”, repete várias vezes.
Em pouco mais de 24 horas, as postagens atingiram mais de 420 mil visualizações. Um dos vídeos foi deletado na terça-feira (4).
Tanya se referia no vídeo a Ziad Abboud, o libanês para o qual tinha alugado um imóvel residencial e um comercial no prédio. O vídeo foi gravado em frente ao local. Ele devia pouco mais de R$ 53 mil em aluguéis atrasados e, segundo familiares, passou a ameaçá-la quando ela começou a cobrá-lo.
A mulher tinha registrado vários boletins de ocorrência contra ele por ameaça e conseguiu uma medida protetiva em abril.
Ela também entrou com um processo de despejo dos imóveis. A ordem liminar para que ele deixasse os locais saiu na segunda-feira (27), quatro dias antes dela ser assassinada pelo caseiro.
Ziad Abboud foi ouvido pela Polícia Civil e negou envolvimento no caso.
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