Expectativa da polícia é descobrir quais os contatos feitos por Cassiane Karine Rodrigues, de 20 anos, e averiguar as últimas conversas dela em aplicativos de mensagem.
A Polícia Civil irá solicitar uma autorização judicial para fazer uma perícia no celular da estudante Cassiane Karine Rodrigues, de 20 anos, cujo corpo foi encontrado embaixo de uma ponte entre as margens do rio Ribeira, em Eldorado, no interior de São Paulo.
De acordo com o delegado Marcos Augusto Ribeiro de Almeida, titular da delegacia de polícia de Eldorado, a expectativa é descobrir quais os contatos realizados pela jovem e averiguar as últimas conversas dela em aplicativos de mensagem.
Segundo o delegado, o celular da jovem estava com uma amiga dela, que teria dito que Cassiane tinha deixado o aparelhos com ela por medo de perder o equipamento, já que estava embriagada.
Marcos Almeida afirma que os exames periciais ainda não estão prontos e só após os laudos será possível determinar se houve homicídio, morte acidental ou suicídio e, ainda, se a jovem foi estuprada.
Homicídio
“Nós achamos que foi morte ‘matada’, que ela foi assassinada. Ela não tinha depressão, nada para se matar. Estamos esperando que a justiça seja feita”, diz a dona de casa Tatiane Rodrigues, de 35 anos, irmã da jovem.
Ela conta que Cassiane era a caçula entre sete irmãos e tinha saído da casa onde mora com a família, no bairro Alto da Parabólica, para se divertir com amigos e alguns familiares, na noite de sexta-feira (16), em uma balada improvisada em uma praça da cidade.
Ela diz que a família está abalada, sem entender o que aconteceu. “Ela não tinha desavença com ninguém. Não tinha inimigos. Está todo mundo por fora do que realmente aconteceu, ninguém está sabendo de nada”, desabafa.
Corpo localizado em rio
O corpo de Cassiane foi localizado no rio Ribeira, parcialmente submerso, e foi avistado na manhã de sábado (17) por pedestres que atravessavam a Ponte Mário Covas. O local foi isolado para o trabalho de peritos e investigadores, que conseguiram identificar a jovem.
O delegado plantonista Tedi Wilson Andrade explicou que a jovem estava na praça Central do município quando decidiu voltar para casa sozinha, por volta das 4h de sábado.
Segundo ele, um dos amigos resolveu ir até ela de bicicleta e, chegando próximo à ponte, encontrou a garota chorando. “Ele tentou consolar, disse para voltarem para a praça, mas ela não quis”, conta o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, não havia sinais de violência no corpo da jovem, mas ela estava com um dos tornozelos quebrados. “Estamos aguardando a conclusão dos laudos para concluir as investigações. A hipótese mais provável é que ela tenha sentado na ponte e caído, mas não podemos tirar conclusão sem os laudos”.