Ela nasceu em 1917 e faleceu em 2004 com 87 anos, vítima de um infarto fulminante.
Por Nilsinho Zanchetta – Diretoria de Comunicação da CMA
Os vereadores de Araras (SP) aprovaram por unanimidade, na última segunda-feira (4), o projeto de lei do Executivo Municipal que denomina de “Clorinda de Souza Guedes Bertoline” o Centro de Acolhimento de Crianças e Adolescentes, localizado na Avenida “Professor Dirçon Kammer”, esquina com a Rua Armelindo Baghin, no Jardim Alto da Colina.
O local receberá em breve uma placa contendo o nome da homenageada e o número da lei sancionada pelo Prefeito Municipal.
Clorinda de Souza Guedes Bertoline nasceu em 1917 e faleceu em 2004 com 87 anos, vítima de um infarto fulminante. Foi casada com o ex-vereador Luiz Bertoline, que faleceu em 2005. “Mãe Clô” como era conhecida, adotou junto com o marido, 127 filhos, todos registrados. Eram crianças órfãs ou abandonadas pela família.
Tudo começou em 1967. Dona Clô foi procurada pela “Irmã Severina”, uma freira responsável por um orfanato em Araras que ofereceu uma criança de quatro irmãos órfãos para ela cuidar, ela não achou justa essa separação entre eles e prontamente adotou os quatro irmãos.
A partir dessa iniciativa, a chácara onde morava, próxima ao Campo da Aviação em Araras, se transformou em entidade assistencial, pois, ela dizia que sua missão na Terra era acolher crianças órfãs e abandonadas. Criou-se o “Berço da Fraternidade”.
Em 1991, o “Berço da Fraternidade” foi reconhecido nacionalmente como a maior família do país. O marido de Dona Clô, Luiz Bertoline, foi eleito vereador em Araras pelo PDT, com 1701 votos, tornando-se o vereador mais votado na história de Araras até aquele momento. Antes de se tornar vereador, Luiz Bertoline e a sua esposa “Mãe Clô”, ambos nascidos em Birigui-SP, foram outorgados com o título de cidadão ararense, comenda de autoria do vereador Arnaldo Sanches, em 1980.
Sem receber qualquer tipo de ajuda financeira de entidades governamentais, Dona Clô e Luiz Bertoline cuidavam dos filhos com o salário de 700 reais como vereador e mais 1.200 de aposentadoria, além de pequenas doações. A maior doação que o casal recebeu, foi uma Kombi da Nestlé, para auxiliar no transporte das crianças para a escola.