Centro de Recuperação de Animais Silvestres recebe, diariamente, diversas espécies pelas mãos de profissionais ligados ao IBAMA

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Espaço recebe diariamente exemplares apreendidos ou abandonados no território paulista.

Há mais de 30 anos, o Centro de Recuperação de Animais Silvestres recebe, diariamente, diversas espécies pelas mãos de profissionais ligados ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), à Polícia Militar Ambiental, ao Corpo de Bombeiros e ao Centro de Controle de Zoonoses.

Localizado dentro do Parque Estadual do Tietê, na zona leste de São Paulo, o Centro tem um papel importante em prol do meio ambiente. “O CRAS é como se fosse um hospital veterinário”, definiu Liliane Nilanelo, médica veterinária do Centro de Recuperação de Animais Silvestres.

“A gente recebe animais silvestres por diversos motivos, desde a apreensão feita pelos órgãos fiscalizadores até desistência dos donos de ter um exemplar em casa. Nós os tratamos e encaminhamos para a soltura”, explicou.

Recepção

O CRAS cuida de várias espécies, desde as mais comuns até as ameaçadas de extinção. Anualmente, o espaço recebe, em média, sete mil animais. Após a recepção, mamíferos, répteis e aves são identificados por espécie, sexo e procedência, passam por uma avaliação de seu estado físico para obter o tratamento mais adequado e são registrados para, finalmente, receberem uma anilha ou microchip com seus dados.

Vale ressaltar que o núcleo atende apenas animais de pequeno porte, como araras, papagaios, gavião, macacos, cobras, tartaruga e jabutis, além de muitos pássaros. “Assim que o exemplar chega, nós fazemos a avaliação individual. De acordo com o estado do bicho, ele vai para um recinto”, contou Lilian Sayuri, que trabalha no CRAS há 13 anos.

Para atender a demanda dos bichos enviados para o local, é mantida uma equipe composta por veterinários, biólogos e tratadores em uma estrutura totalmente adaptada com ambulatório e laboratório, viveiros, salas de internação, cirurgia e de necropsia, além de cozinha para o preparo da alimentação animal, atuando em uma área total de 600 mil metros quadrados.

Centro Educacional

Bem ao lado do CRAS, o Parque Estadual do Tietê abriga um Centro Educacional. Por lá, os participantes aprendem os cuidados que se deve ter com a natureza e ainda há uma programação de trilhas de pequena e média dificuldade.

“Mostramos aos participantes a valorização disso tudo”, contou o educador ambiental Fernando Teixeira. “Temos a Trilha da Água, de 4km e que termina no Rio Tietê, passando pelas áreas recuperadas e outra até o viveiro de plantas. Estamos abertos a receber qualquer tipo de grupo, de escoteiros à terceira idade”, disse.

Ronaldo Natal, também educador ambiental há mais de 30 anos, se orgulha da evolução alcançada nos últimos anos. “Essa geração que está vindo agora tem uma preocupação maior com o meio ambiente e isso é gratificante. A aceitação das crianças e adolescentes tem sido muito boa”, comemorou.

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