China detecta vírus da gripe aviária e manda sacrificar 17.828 aves

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Segundo a fonte do governo, 4.500 galinhas morreram devido ao surto da doença.

Por Reuters

PEQUIM — Em meio ao avanço da epidemia do novo coronavírus, a China relatou um surto de uma cepa altamente patogênica da gripe aviária H5N1 em uma fazenda na cidade de Shaoyang, província do sul de Hunan, informou o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais neste sábado.

Segundo a fonte do governo, o caso ocorreu em uma fazenda com 7.850 galinhas, das quais 4.500 morreram devido à gripe aviária. As autoridades selecionaram 17.828 aves após o surto.

Segundo o site do Ministerio da Saúde, o H5N1 pode infectar humanos causando doença grave, mas a transmissão de pessoa para pessoa é difícil de acontecer. 

Assim como o coronavírus, o H5N1 ataca primordialmente a parte inferior do pulmão e provoca uma infecção pulmonar profunda e grave. A taxa de letalidade chega a 50%.

No entanto, diferentemente do vírus H1N1, da gripe suína, a capacidade de transmissão é relativamente reduzida, pois o vírus não se concentra nas vias respiratórias superiores, como explicou ao GLOBO o virologista Maurício Lacerda Nogueira, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP).

A China foi o primeiro país a registrar um caso de infecção humana pela gripe aviária H5N1. Em 1997, 18 casos foram registrados no país e seis pessoas morreram. A transmissão se concentrou na região autônoma de Hong Kong, mas a primeira infecção ocorreu na cidade vizinha de Cantão.

Na ocasião, a ex-colônia britânica matou 1,3 milhão de galinhas com origem na China continental. Outros casos fatais foram identificados nos anos 2000 na Tailândia, no Vietnã e no Camboja.

 

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