Os próprios donos e funcionários que cozinham os alimentos das refeições, que vêm de doações.
Muitos trabalhadores tiveram seu salário reduzido com a medida provisória. Tem também quem não pode abrir seu estabelecimento devido ao decreto de prorrogação da quarentena e, ainda, quem perdeu o empregoou é autônomo.
Pensando nisso, Seo Jack – Restaurante e Choperia de Araras (SP), está distribuindo cerca de 500 marmitas por semana para quem não tem o que comer. Os próprios donos e funcionários que cozinham os alimentos das refeições, que vêm de doações.
Como o comércio estava fechado e os funcionários em casa, a esposa do dono Markus Felipe, teve a ideia de preparar os almoços usando a própria estrutura do local. Segundo ele, todos gostaram da ideia e se uniram para ajudar quem precisa.
“Com o bar fechado, nossos funcionários estão em casa e tem gente na rua precisando. Então acabamos mudando totalmente a visão de barzinho, para um local que a gente consegue atender e ajudar o próximo”, disse
Na primeira leva, ele mesmo comprou os ingredientes, mas, agora, a iniciativa ganhou parceiros que doam os alimentos. Só um morador da cidade doou 25 kg de arroz, sete de feijão, além de óleo, pacotes de macarrão e molho de tomate.
“Também tem açougues ajudando, tem médicos, têm mercados… Então assim, é uma rede que abraçou a causa”, contou.
Gratidão
O montador de móveis, Manoel Messias, está sem serviço no momento e é um dos que vêm buscar comida. Segundo ele, está difícil manter a família sem ajuda, pois só a renda da esposa não é suficiente. “Fico meio envergonhado, mas é tudo pelos meus filhos”, disse.
Para quem faz a boa ação, o sentimento de gratidão é o mesmo. O dono da choperia disse que é emocionante ajudar quem não tem condições. Já a atendente Mara, incentiva outras pessoas a fazerem igual.
“Eu sinto emoção, de ver casos como já vimos aqui, de pessoas que não têm condição de levar um arroz e feijão para casa e, a partir daqui, teve condição de alimentar seu filho, sua esposa”, comentou Markus.
“A gente está fazendo nossa parte, doando. E a gente acredita que se outras pessoas fizessem isso, cada um fizesse um pouquinho, a gente estaria bem melhor, passando por esse momento difícil com mais tranquilidade”, disse Mara.
