Custo de vida do brasileiro registra o maior aumento, para o mês de outubro, desde 2002.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, apurado pelo IBGE e considerado o indicador oficial de inflação do País, avançou 0,86 por cento. Destaque negativo para os alimentos, que estão cada dia mais caros, principalmente aqueles itens básicos, como arroz, óleo e tomate, que subiram entre 13% e 18|%.
A disparada dos preços dos alimentos, no geral, tem relação com uma série de fatores. Por exemplo, a produção menor no campo, por causa da seca, o aumento das exportações, com a alta do dólar, e até a demanda maior por aqui, com o pagamento do auxílio emergencial, que botou mais dinheiro pra girar na economia.
O gerente do IBGE, Pedro Kislanov, destaca a recuperação dos preços no setor de vestuário, um dos mais afetados no começo da crise, com o fechamento do comércio e a decisão de muita gente de cortar gastos com roupas. Mas que agora voltou a se aquecer, com a flexibilização das medidas de isolamento.
E que a inflação só não foi maior porque o setor de edução, que sofre com a suspensão das aulas, registrou queda de preços. No acumulado de um ano pra cá, o custo de vida do brasileiro já subiu 3,92%.