Com aumento de ameaças cibernéticas, cresce demanda por profissionais de TI

PUBLICIDADE

Média salarial entre os profissionais da área subiu de R$ 5.833, em 2016, para R$ 11.500, em 2017, motivada pela busca de mais profissionais para cargos superiores, diz consultoria

Com a recente ascensão de ciberataques, a demanda por profissionais da segurança da informação também vem crescendo, aponta levantamento da consultoria norte-americana de recursos humanos Robert Half. Entre os profissionais mais requisitados na área estão analistas, coordenadores, gerentes e chefes de segurança.

“O mercado tem valorizado muito profissionais familiarizados com questões mais complexas de segurança, como, por exemplo, teste de invasão”, explica Fábio Saad, gerente sênior da Divisão de Tecnologia da Robert Half. “Essa demanda aumenta mais ainda com o fato das empresas se tornarem digitais. A forma de captação de informações mudou e se tornaram mais sensíveis”, explica.

A cultura de novas empresas, principalmente a de startups, em dar mais flexibilidade aos funcionários, como a implementação de home office, também vem mexendo com a maneira pela qual as empresas lidam com as informações. O aumento na demanda por esses profissionais reflete no aumento dos salários.

A média salarial no campo da tecnologia da informação, de acordo com a consultoria, subiu de R$ 5.833, em 2016, para R$ 11.500, em 2017. Para Saad, isso se dá pela contratação desses profissionais para cargos superiores aos que até então ocupavam.

Para chegar aos dados, a Robert Half acompanhou 453 profissionais da área de infraestrutura e segurança da informação ao longo dos três anos e constatou que as vagas contemplam profissionais do setor com diferentes qualificações.

“Anteriormente, o profissional de segurança fazia parte do departamento de infraestrutura. Hoje, com o aumento da importância da segurança de dados, as empresas já estão criando áreas específicas, com profissionais dedicados à esta questão”, completa Saad.

A maior demanda, segundo o consultor, vem de empresas digitais e startups do meio financeiro e de e-commerce. “Para essas organizações, a informação é crítica, então existe uma demanda forte por profissionais, o que vem impulsionando o setor”, disse.

Ataques recentes

Na última terça-feira (27), sites do governo e de várias empresas ucranianas foram alvo de um ataque cibernético, que atingiu aeroportos, bancos e escritórios do governo. Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia o classificou como o pior na história do país.

Além disso, companhias da Europa, como a agência de publicidade WPP, disseram ter sido afetadas.

Em maio, ao menos 74 países, incluindo o Brasil, foram alvos de um ciberataque em “larga escala”. Os ataques atingiram hospitais públicos na Inglaterra, causaram a interrupção do atendimento do INSS e afetaram empresas e órgãos públicos de 14 estados brasileiros mais o Distrito Federal. A extensão do ataque leva especialistas em segurança a acreditar que se trate de uma ação coordenada, mas não se sabe ainda a autoria.

Fonte: G1

*Sob supervisão de Marina Gazzoni

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT