Com economia paralisada, produção industrial da China registra 1ª contração em quase 30 anos

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Nos primeiros dois meses do ano, queda em ritmo anual foi de 13,5%, contra uma alta de 6,9% em dezembro. Já as vendas no varejo recuaram 20,5%

Com resultados piores que o previsto, a China, cuja economia está paralisada pela luta contra o coronavírus, divulgou nesta segunda-feira (16) uma série de indicadores confirmando um forte tombo na atividade econômica: a produção industrial registrou contração pela primeira vez em quase 30 anos e as vendas no varejo desabaram.

Nos primeiros dois meses do ano, a produção industrial caiu 13,5% em ritmo anual, contra uma alta de 6,9% em dezembro. Esta foi primeira contração desde janeiro de 1990 (-21,1%), segundo a economista do ING Iris Pang.

Pequim tem o hábito de agrupar as estatísticas econômicas dos dois primeiros meses do ano devido ao Ano Novo chinês, que acontece em uma data variável em janeiro ou fevereiro.

As vendas no varejo, que refletem o consumo, recuaram 20,5% na comparação com os dois primeiros meses de 2019, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas (BNS).

“A epidemia do novo coronavírus reduziu a atividade econômica nos dois primeiros meses do ano”, quando dezenas de milhões de chineses estavam retidos em casa, admitiu o BNS.

“Mas em geral, as consequências a curto prazo são administráveis”, completa o comunicado divulgado pelo organismo.

Estes resultados são ainda piores que as previsões dos analistas consultados pela agência financeira Bloomberg, que projetavam uma contração de 3% da produção industrial e de 4% das vendas no varejo.

A economia chinesa ficou praticamente paralisada em fevereiro pelas medidas adotadas pelo governo.

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