Descontada a inflação, quem investiu na aplicação teve retornos de 3,88% no ano.
Com a inflação oficial do país no menor nível em 18 anos, a caderneta de poupança teve em 2017 o maior ganho real (descontada a alta generalizada dos preços) desde 2006.
A rentabilidade nominal da aplicação foi de 6,93% durante o ano. Desconsiderada a inflação medida pelo IPCA, que ficou em 2,95% em 2017, o ganho real para o poupador chegou a 3,88%, segundo levantamento da provedora de soluções financeiras Economatica.
Desde 1999, quando o governo passou a adotar o IPCA como medida oficial para a inflação, o rendimento da poupança não superou o indicador em apenas dois anos: 2002 e 2015.
Rendimento reduzido
A rentabilidade da poupança ficou menor a partir de setembro do ano passado, quando o Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 9,25% para 8,25% ao ano.
O motivo é que uma regra de maio de 2012 determina que toda vez que a Selic ficar abaixo de 8,5%, a correção anual das cadernetas deve ser limitada a um percentual equivalente a 70% dessa taxa mais a variação Taxa Referencial (TR), que é calculada pelo BC.
Já quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o rendimento das cadernetas é limitado a 6,17% ao ano mais a TR.
Mais depósitos que saques
Após dois anos de retiradas líquidas, a caderneta de poupança voltou a atrair investimentos em 2017, segundo o Banco Central.
Isso aconteceu em um cenário de volta do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e do emprego, de cortes na taxa básica de juros e também da liberação dos saques das contas inativas do FGTS – que injetou R$ 44 bilhões na economia.
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