Presidente do Ibedec comenta sobre medidas necessárias para compras em lojas e via internet
As festas de final de ano trazem bons motivos para ir às compras. No entanto, sempre é bom estar atento a algumas situações que podem resultar em prejuízos aos consumidores. É importante ter prudência, evitar as compras por impulso, além de pesquisar e comparar preços.
Em geral, preços mais baixos em relação aos praticados no mercado são motivos para desconfiança. Em alguns casos, preços muitos baixos estão associados a golpes. Paulo Guido, comerciante de 29 anos, morador da cidade de Presidente Prudente não desconfiou do serviço barato anunciado via internet. Meses de reclamações e tentativas de cancelamento da compra, o resultado foi prejuízo. Os produtos não chegaram e o valor pago nunca foi devolvido.
“O dinheiro que era para produzir o material, pegaram para eles e usaram de outra maneira. Como eles bloquearam no Watsapp, bloquearam no Facebook, não dão resposta no site, não atendem os telefonemas, tudo indica que eles não estão querendo negociar. Eles não querem dar uma justificativa do por que deixaram de fazer o pagamento para a gente, o estorno.”
O diretor presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (IBEDEC), Geraldo Tardan explica que esse tipo de golpe é muito comum nesta época do ano. É preciso estar atento a sites que exigem pagamento direto ao vendedor, sem serviços de seguro de compra, pois é uma medida arriscada.
“O consumidor tem que comprar em sites conhecidos de grandes lojas. Se a opção for um site que ele não conhece, ter uma atenção redobrada com o preço. Dias atrá, vi um anuncio de uma loja que vendia o Iphone 8 mais barato no Brasil, que nos EUA. Depois soube que 2400 pessoas depositaram esse dinheiro. Você não tem como recuperar. Depositou na conta do estelionatário, acabou.”
Compras via internet tem um prazo específico para troca, independente do motivo. São sete dias após a chegada do produto, mesmo em caso de defeito ou a simples desistência, como explica Geraldo Tardan.
“Pela internet os produtos podem ser manipulados digitalmente. Para aparecer uma qualidade melhor do que é e te induzir num erro em uma compra.”
No caso das compras em lojas, apesar de parte do comercio praticar a troca dos produtos, a regra geral não obriga lojistas aceitarem trocas fora casos de produtos com defeito. Por isso, é preciso estar atento às regras de cada estabelecimento.
“É comum no fim do ano eles oferecerem a troca de produtos, como roupa, sapatos, tênis, produto eletrônico eu nunca presenciei. Porque geralmente, a pessoa presenteada volta na loja e compra mais alguma coisa. Então é uma forma do comércio capitar clientes. Se ele estabelecer que ele troca, ele coloca qual o prazo de troca e as condições” afirma Tardan.
Os consumidores que sentirem-se lesados, podem entrar em contato com o Procon. Outro serviço já conhecido entre os internautas é o site Reclame Aqui, que promete incluir estabelecimentos com recorde em reclamações em uma lista pública. Já o Procon de São Paulo possui uma relação com cerca de 500 sites considerados recorde de reclamações e golpes. Vale conferir.
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