Corpo de Bombeiros de São Paulo completa 141 anos de existência

PUBLICIDADE

Em todos os momentos necessários, os bombeiros comparecem com seu espírito público e idealismo, mostrando o valor do seu trabalho, referência para todo o Brasil.

“Nossa vida é lutar pelo povo. No incêndio e no salvamento. Se o destino está sempre em jogo, só Deus nos dá seu alento”. Os versos da canção dos Bombeiros, de autoria do Sd PM Luiz Alberto Rocha, são os que melhor definem a trajetória dessa instituição, que salva vidas e celebra nesta quarta-feira (10) o aniversário de 141 anos.

Nossa reportagem esteve presente no Corpo de Bombeiros de Araras (SP), para parabenizar esses heróis da vida real pesssoalmente. “Nesta data em que comemoramos a criação do Corpo de Bombeiros de São Paulo, gostaria de expressar publicamente meu sentimento de reconhecimento e gratidão a esta corporação tão valorosa. Em todos os momentos necessários, os bombeiros comparecem com seu espírito público e idealismo, mostrando o valor do seu trabalho, referência para todo o Brasil. Assim, o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo continua a escrever páginas recheadas de belos exemplos de dedicação, profissionalismo e eficiência”, disse o Repórter Beto Ribeiro.

Criação do Corpo de Bombeiros

Na segunda metade do século XIX, São Paulo experimentou um surto de progresso que transformou completamente, a até então pacata cidade, em uma das maiores metrópoles do mundo. Apenas entre os anos de 1.872 e 1.900, a população cresceu mais de 7 vezes, saltando de 31.385 para 239.620 habitantes. Nesse contexto, a demanda por um serviço de atendimento às emergências se tornou inadiável, culminado com a criação do Corpo de Bombeiros em 1880.

No ano de 1850, a cidade se expandia em todas as direções e os casebres de pau a pique iam sendo substituídos por edificações maiores e mais modernas. Da mesma forma que a cidade crescia, cresciam também os incêndios, os quais não eram raros nesta época, pois, não eram evitados de maneira organizada. Como exemplo, pode-se citar o comércio e depósito de explosivos e inflamáveis instalados no coração da cidade.

Na ausência de um serviço de bombeiros, a atividade de extinção de incêndios era incumbida aos policiais e à população em geral. Tão logo tocasse o sino de alguma igreja anunciando o fogo, um contingente do Corpo de Permanentes era destacado para que, juntamente com homens e mulheres, incluindo os escravos, organizassem o combate às chamas.

Em dezembro de 1850, na Rua do Rosário, atual XV de Novembro, esquina com a Rua Boa Vista, ocorreu um grande incêndio, o qual, por conta da falta de recursos apropriados para sua extinção, assumiu proporções assustadoras, ameaçando consumir todo o quarteirão. Comentando sobre o ocorrido, o então presidente da província, José Thomaz Nabuco de Araújo, resignava-se, demonstrando a tristeza de nada poder fazer para socorrer os cidadãos pela total ausência de meios.

Esse incêndio foi extinto pela ação dos cidadãos e pelo uso de uma bomba manual emprestada por um francês, chamado Marcelino Gerard. Por conta do ocorrido, foram adotadas no ano seguinte diversas posturas regulamentando a estocagem de produtos e a atuação dos sineiros, aguadeiros e da população em casos de incêndio. Em continuidade às providências, foi adquirida a bomba do cidadão francês, que, junto com outra bomba manual mais antiga, tornaram-se os únicos equipamentos para o combate a incêndios da época.

Em 1862 ocorreu um incêndio em uma livraria na Rua do Carmo, sem grandes proporções, porém, suficiente para alertar o poder público, pois, constatou-se, mais uma vez, não haver a menor estrutura para se combater incêndios.
No ano seguinte, em 1863, ocorreu novo incêndio, desta vez na Rua do Comércio, em uma loja de ferragens, decorrente da explosão de uma barrica de pólvora. O fato se repetiu em 1870, quando novamente um barril de pólvora explodiu no centro da Cidade de São Paulo.

Em 1874 o Dr. Joaquim José do Amaral, chefe de polícia, pediu ao presidente da Província que fossem destinados recursos e que fosse autorizada a criação de um serviço regular de bombeiros, com pessoal habilitado e com a aquisição de equipamentos apropriados, tendo sido criada uma turma de bombeiros que ficaria agregada à Companhia de Urbanos, reunindo um total de 10 homens egressos do Corpo de Bombeiros da Corte. Contudo, com a substituição do chefe de polícia, seu sucessor não deu continuidade ao trabalho e logo essa função foi abandonada e os bombeiros foram designados para tomar conta das ruas.

E foi assim, em meio a paliativos, que chegou o fatídico 15 de fevereiro de 1880, trazendo o incêndio que destruiu a biblioteca da Faculdade de Direito e o arquivo do Convento de São Francisco, no tradicional largo da capital paulista. No dia seguinte, em um indignado discurso, o deputado Ferreira Braga destacou o fato de uma cidade importante como São Paulo, “tão rica quanto populosa”, não possuir um Corpo de Bombeiros perfeitamente organizado, e propôs a criação de uma Seção de Bombeiros, composta de 20 homens, vinculada à Companhia dos Urbanos.
A lei foi publicada em 10 de março de 1880, data que determina a criação Oficial do atual Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Lei Nº 6, de 10 de março de 1880

[…] Faço saber a todos os seus habitantes que a assembléa legislativa provincial decretou e eu sanccionei a lei seguinte:
[…] Fica o governo da provincia autorisado a organisar, desde já, uma secção de bombeiros, annexa à companhia de urbanos da capital, e a fazer acquisição dos machinismos proprios para a extincção de incendios.
Font: Arquivo da ALESP  ”

A Seção criada ocupou uma parte do prédio onde funcionava a Estação Central da Companhia de Urbanos, na Rua do Quartel (hoje Rua 11 de Agosto), sendo requisitado o material necessário para sua formação. O Tenente José Severino Dias, oriundo do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, onde tinha o posto de alferes, assumiu o comando em 24 de julho de 1880, iniciando de imediato os trabalhos de organização dos serviços de combate a incêndios, de instrução e da instalação da Seção. Deste modo estabeleceu-se a Seção que definitivamente seria o embrião do atual Corpo de Bombeiros.

O crescimento da capital paulista e de outras metrópoles no Estado de São Paulo, bem como o consequente aumento das exigências do serviço, alavancaram o desenvolvimento daquela Seção de Bombeiros que passou a exigir um efetivo maior e mais preparado e uma maior quantidade de equipamentos para o atendimento das demandas.

No tocante ao efetivo, várias foram as elevações de categoria com aumento de militares no quadro de pessoal. Pouco após sua criação, já em 1887, parte do material recebido não passava pelo portão da Estação Central de Urbanos e, por conta disso, a Seção foi transferida para o prédio da Rua do Trem, hoje, Rua Anita Garibaldi, local da atual sede do Comando do Corpo de Bombeiros.

Em 1891, já com 64 bombeiros, a Seção foi elevada à categoria de Companhia de Bombeiros, passando a contar com 168 homens e com uma grande aquisição de materiais e equipamentos e, no mesmo ano, em 14 de novembro, foi então elevada a Corpo de Bombeiros, passando a contar com 240 homens mais bem selecionados e preparados em um espaço de tempo maior.

Com o tempo, o Corpo de Bombeiros foi impelido a iniciar a expansão progressiva e a capilarização dos serviços prestados em vários municípios do Estado de São Paulo, assumindo a responsabilidade pela pronta resposta às emergências em todo território estadual na preservação de vidas e do patrimônio. Essa heroica escalada contou com a coragem e a dedicação de bravos bombeiros, de todas as patentes e graduações, que realizaram seu trabalho com afinco e amor à causa.

SEGUEM ALGUMAS DICAS DE PREVENÇÃO A INCÊNDIOS EM RESIDÊNCIAS.

Vazamentos de gás de cozinha são muito perigosos e é sinal de que alguma coisa está errada com o seu fogão ou com o equipamento de instalação da central de fornecimento. Em ambientes domésticos utilizam-se 02 tipos de gás: o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) armazenado em botijões e GN (Gás Natural) encanado na edificação, os dois gases NÃO são tóxicos porém ASFIXIANTES, ou seja impede a troca gasosa nos pulmões levando o indivíduo à morte.

No caso de vazamentos, o gás se acumula nas partes baixas da edificação, inclusive tomando as tubulações, e se houver a produção acidental de alguma faísca e/ou fonte de calor no ambiente, o local pode explodir e as chances de sobrevivência, caso uma pessoa esteja no local, são pequenas.

Para evitar acidentes atente para as seguintes dicas: Quando sentir o cheiro de gás, feche o registro e saia imediatamente do local; Se o botijão estiver dentro da residência, feche o registro, retire-o do fogão e leve-o para um lugar externo e bem arejado; Abra portas e janelas para o gás sair naturalmente. NUNCA use ventiladores para acelerar esse processo; NUNCA ligue/desligue qualquer interruptor e/ou equipamentos elétricos, pois eles produzem faíscas podendo causar explosão; Se for viajar e permanecer por mais de um dia fora da residência, feche o registro do gás; E qualquer anormalidade em relação ao fornecimento de gás encanado, cientifique seu síndico ou companhia de gás responsável pelo fornecimento em sua região.

Caso não consiga cessar o vazamento acione o Corpo de Bombeiros e na sequência, no caso de GN, acione a concessionária responsável pelo fornecimento em sua região através dos telefones de emergência. COMGÁS 08000110197 – Opção 1

OUTRAS DICAS: Na falta de energia elétrica, não utilize velas, opte pela utilização de lanternas; Evite ligar vários aparelhos eletrônicos em uma mesma tomada;
*Nunca abandone uma vela queimando sozinha; Não fume deitado na cama, um cochilo pode ser fatal; Verifique as condições dos fios elétricos. Fios danificados podem causar choques elétricos e incêndios; Mantenha os acessos às saídas sempre desobstruídos; Na cozinha, NUNCA jogue água em uma panela com óleo fervente; quando estiver cozinhando, não deixe panos próximos às chamas; vire os cabos das panelas para a parte de dentro do fogão; ao desligar o fogão, certifique-se de que não há vazamento de gás. (Com informações do Setor de comunicação social do 16º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS).

https://youtu.be/OyIjYR8hl-I

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT