No acumulado no ano, entretanto, volume é 6,2% menor que soma dos financiamentos realizados nos 7 primeiros meses de 2016
O volume de crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança cresceu 10,9% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, totalizando R$ 4,24 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Trata-se do maior do ano em financiamentos contratados com os bancos.
No acumulado no ano, entretanto, o montante de R$ 24,79 bilhões em financiamentos imobiliários é 6,2% inferior ao registrado nos 7 primeiros meses de 2016.
Em julho, foram financiados 16,5 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção, também o maior patamar registrado em um mês no ano.
No acumulado em 7 meses, foram financiadas aquisições e construções de 99,02 mil imóveis, queda de 16% em relação ao mesmo período de 2016 (117,84 mil unidades).
Perspectivas
Este é o terceiro ano seguido de queda no volume de crédito concedido para compra e construção de imóveis. A última projeção da Abecip para o resultado do ano prevê queda de 3,5% para o crédito imobiliário em 2017.
Mantida a previsão atual, os bancos devem conceder R$ 45 bilhões por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o que seria o pior nível desde os R$ 40 bilhões apurados em 2008. Em 2014, último ano de alta, os financiamentos somaram R$ 112,9 bilhões.
Entre os fatores que podem contribuir para aumentar o crédito imobiliário nos próximos meses estão a melhora dos indicadores de emprego e de confiança de empresários e consumidores, e também a tendência de reversão do movimento de fuga de recursos da caderneta de poupança, que financiam boa parte das linhas oferecidas pelos bancos.
Pelas regras atuais, os bancos são obrigados a destinar 65% do total de recursos dos depósitos de poupança para o crédito imobiliário.