‘Além do inglês, é bom investir em cursos rápidos’, alerta Marcelo Tavares.
Por Gessyca Rocha, G1
A paixão pelos jogos eletrônicos fez Marcelo Tavares, de 39 anos, levar a brincadeira a sério. Em 2009, ele criou uma feira de videogame, a Brasil Game Show, para reunir em um só lugar profissionais e ‘gamers’ apaixonados por esse universo.
Para Marcelo, os interessados na área precisam conhecer as diferentes plataformas dos jogos (PC, tablet, smartphone e videogame). Outro fator importante é o conhecimento em outros idiomas, principalmente o inglês, que segundo Marcelo, é fundamental, porque a indústria de jogos é predominantemente americana.
“Além do inglês, é bom investir em cursos rápidos, que complementam a faculdade, porque eles ajudam a se manter atualizado. Mesmo que o diploma não seja obrigatório, é preciso fazer alguma especialização”, alerta Marcelo Tavares.
Em relação ao perfil dos profissionais, Marcelo destaca que é preciso ter criatividade, proatividade e, também, saber tabalhar em equipe.
Oportunidades no exterior
As empresas independentes no Brasil são uma boa vitrine para aqueles que querem trabalhar em produtoras internacionais, porque elas chamam a atenção de ‘caçadores de talentos’ do exterior.
“As empresas desenvolvedoras de jogos independentes são uma grande oportunidade para quem está começando. Em eventos como a Brasil Game Show, por exemplo, algumas multinacionais trazem olheiros, que eventualmente contratam brasileiros para fazer projetos de fora”, explica Marcelo Tavares.

Especialização
Para se especializar na área, é possível encontrar o curso de Design de Games em duas modalidades: bacharelado (com duração de quatro anos) e tecnólogo (com duração de dois anos).
Ambas têm o objetivo de formar um profissional que saiba criar, planejar e desenvolver um jogo em diferentes plataformas como computador, tablet, smartphone e videogame.
No bacharelado, o aluno aprende toda a história dos jogos digitais e pode elaborar diversos jogos durante o curso. Entre as disciplinas estão: animação 2D e 3D, programação, computação gráfica, ergonomia (estudo entre homem e máquina) e marketing de games.
Nos cursos técnicos, os alunos estudam a programação dos jogos em diferentes plataformas, desenvolvem algoritmos e a estrutura de dados para os jogos digitais.
Remuneração
Segundo a pesquisa sobre o mercado de jogos digitais divulgado pelo Ministério da Cultura em novembro de 2018, “a programação de jogos representa 30% e é principal fonte de renda dos profissionais da área e 82% ganham em média R$ 1.908,00”. Os autônomos recebem entre R$ 1.908,01 e R$ 4.770. Os estágios variam na faixa salarial de R$ 1 mil.
Outro segmento que o designer de games pode optar é o de ‘diretor de arte’. Segundo o site de empregos Catho, a média salarial nacional é de R$ 2.797. Ainda de acordo com o portal, um dos salários mais altos está no cargo de ‘gerente de marketing’ e ‘diretor de marketing’, com média salarial de R$ 8.197 e R$ 12.500 respectivamente.
