Criadores de suínos estão otimistas com mercado

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Número de abates aumentou nos últimos meses.

No berçário da maior granja de suínos de São Paulo, que fica em Itu, os leitões se alimentam de hora em hora. A temperatura do local é controlada para não causar estresse na mãe e nem prejudicar a produtividade de leite.

A granja tem 10 mil matrizes. Depois de desmamados, os filhotes vão para galpões chamados de creches. Lá, se desenvolvem.

Os suínos adultos ficam em outra baia. Ao todo, levam 150 dias engordando até atingirem o ponto de abate. Por mês, 40 mil animais saem da unidade para o frigorífico.

O momento do mercado melhorou. Denilson César da Silva, gerente geral da empresa, conta que o setor atravessou mais de um ano em crise. Atualmente, os preços estão garantindo uma boa margem de lucro. Ele explica que o custo médio de produção é de R$3,70/kg, enquanto o quilo do animal é vendido a R$4,20. Valor com tendência de alta.

Com o aquecimento do mercado, o objetivo é aumentar a produção e investir em animais mais pesados. Denilson diz que os suínos são abatidos com 110kg e objetivo é elevar para 125kg.

Criadores de suínos estão otimistas com mercado — Foto: Reprodução/TV TEM

Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 44 milhões de animais foram abatidos no Brasil no ano passado. É um crescimento de 2,4% em relação a 2017, o maior resultado da série histórica desde 1997.

O cenário positivo foi possível graças ao aumento das exportações. O maior comprador tem sido a China. Desde que o país foi atingido pela peste suína africana, passou a importar mais carne. Com menos produto disponível no mercado brasileiro, os preços aumentaram.

Os produtores do sul do país são os que mais exportam suínos. Em contrapartida, foram os suinocultores paulistas que se beneficiaram com os valores mais altos no mercado nacional.

Em outra granja, no município de Boituva, o plantel é de 29 mil porcos. Por semana, são 1,2 mil abates.

Para Mateus Flório Neto, gerente administrativo da empresa, o momento ainda é incerto para falar em expandir a produção. É necessário esperar para ver se o cenário permanecerá favorável.

O setor aposta que pode se beneficiar por um período maior do cenário internacional. Renato Sebastiani, diretor executivo da granja, diz que está otimista com a melhora das exportações para a China e a possibilidade de abertura do mercado russo em abril. Ele acredita que a maré ruim já passou.

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