Agentes se emocionaram ao ler que criança pediu cesta de alimentos e chinelos em cartinha endereçada ao Papai Noel.
“Papai Noel, mande aqui para a minha casa uma cesta de alimentos”, pediu Gabriel, de 10 anos, em uma cartinha de pedidos de presentes de Natal em Peruíbe, no litoral de São Paulo. A cartinha foi entregue a policiais militares em patrulhamento nesta quinta-feira (14) para que chegasse até os Correios mas, em vez de levarem até a agência, os policiais decidiram realizar os desejos da criança.
“A mãe do menino viu a viatura em patrulhamento e pediu ajuda”, conta um dos policiais envolvido no caso, o soldado Fabiano Santil. “Pensamos até que era alguma ocorrência, mas ela pediu que a gente levasse uma carta a uma agência dos Correios na cidade”.
O policial concordou em levar a carta, mas ainda não sabia a quem ela estava endereçada. “Ela não explicou muito, só pediu para levar. Quando olhei atrás, o remetente era o Papai Noel. Imediatamente, sabíamos que a carta iria para a campanha de Natal dos Correios.”
O agente se refere à campanha ‘Papai Noel dos Correios’, que recebe cartinhas de crianças com pedidos de presentes de Natal para que sejam ‘adotadas’ por voluntários que compram os presentes pedidos e realizam os desejos.
Os policiais concordaram em presentear o menino que escreveu a carta, mas o que os agentes não esperavam era os ‘presentes’ que a criança estava pedindo. “Nós esperávamos ler a carta com um pedido de brinquedo, algum jogo e, quando abrimos, ele pedia comida para a família passar o Natal e dois pares de chinelo, um para ele e outro para o irmão, que tem autismo”, conta.
“Me deu um nó na garganta. Nós temos filhos,e é muito triste ver uma criança pedindo comida para a família”, se emociona o policial.
Eles compraram uma cesta básica e os calçados pedidos, além de doces para as crianças. Na entrega, que aconteceu no mesmo dia, as crianças ficaram muito felizes, de acordo com Fabiano. “Dissemos aos meninos que o Papai Noel estava pelo Centro da cidade e que já tinha adiantado os presentes”, relata. “O Gabriel não esperava. Ficou muito feliz”, finaliza.