Criminosos se passam por vereadores para aplicar golpes na web no interior de SP

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Estelionatários usam a credibilidade de dois parlamentares para convencer pessoas a comprarem carros. Caso está sendo investigado pela polícia.

Por Bauru e Marília

A polícia investiga um caso de estelionato praticado pela internet usando o nome de políticos de Bauru (SP). Os nomes de dois vereadores foram usados por criminosos para aplicar o golpe.

O vereador Fábio Manfrinato recebeu um áudio em que o suspeito se passa por ele dizendo que queria comprar um veículo.

“Eu sou o Fábio Sartoni aqui de Bauru, sou vereador daqui. Na verdade a moto eu estou procurando uma. No caso eu iria comprar de você pelos R$ 24.500 eu pago à vista.”

Ele usa a creibilidade de uma pessoa pública para convencer os interessados no negócio. Até um falso comprovante de transferência bancária no valor de R$ 85mil foi enviado para a vítima.

“Esse golpe é uma reincidência. Em março do ano passado já ouve a mesma tentativa, onde a pessoa através do whatsapp coloca uma foto minha das redes sociais e tenta vender algo para a pessoa como vereador de Bauru”, conta Fábio.

Criminosos se passam por vereadores para aplicar golpes na web no interior de SP — Foto: Reprodução/TV TEM

O golpista atuou em Lins e Ourinhos. Ele também tentou vender o carro de uma mulher que anunciou o veículo em um site na internet. Mas como nesse caso não houve interessado, o golpista manda uma mensagem irônica para a vítima assumindo o crime.

“Sinceramente você tem um santo muito forte, porque o seu carro eu ia dar um golpe em você. Na real, verdade mesmo.”

Fábio Manfrinato não foi o único a ter o nome usado indevidamente. O vereador Benedito Roberto Meira também ficou assustado quando se viu envolvido em golpes. Os criminosos usaram um número em nome dele no whatsapp e tentaram vender carros e caminhonetes.

Uma pessoa de Marília foi convencida pelo golpista e fez um depósito como sinal para ficar com um dos veículos. Uma caminhonete que custa aproximadamente R$ 160 mil foi anunciada por R$ 110 mil.

“O que eu peço é que as pessoas que verem meu nome em qualquer circunstância, façam contato na Câmara municipal para verificar se é de minha autoria ou não”, diz o vereador.

A polícia investiga os casos, mas afirma que estes tipos de estelionatos são mais difíceis resolver, pois dependem de autorização da Justiça para quebrar sigilo telefônico e de dados.

Os criminosos que usam a internet e redes sociais podem estar bem longe daqui, em outras cidades e até outros estados, segundo o delegado Rogério Dantas. “O perfil de quem vende, a facilidade do negócio, preço por quanto o bem é oferecido. Todos esses aspectos são indícios que pode haver um crime em andamento.”

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