A jovem e sua mãe vinham sendo ameaças de morte pelo adulto, que não teria aceitado o fim do relacionamento com a menor.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Jundiaí (SP) decidiu dar um basta às ameaças de um homem casado de 34 anos contra uma adolescente de 17 anos, com quem manteve relacionamento por aproximadamente dois anos.
A jovem e sua mãe vinham sendo ameaças de morte pelo adulto, que não teria aceitado o fim do relacionamento com a menor. Ambas chegaram a registrar um boletim de ocorrência na DDM, possibilitando o início das investigações.
De acordo com a investigadora-chefe Lilian Picchi, áudios e mensagens com as ameaças foram apresentadas na sede da DDM. Policiais da unidade precisaram buscar a adolescente, já que ela estaria com bastante receio de sair de casa.
Por determinação da delegada Renata Yumi Ono, o acusado foi levado à delegacia para prestar esclarecimento. Com apoio da Guarda Municipal, ele foi capturado e negou se lembrar das mensagens, apesar da grande quantidade delas anexadas no inquérito policial instaurado pela autoridade policial.
Já a mãe da jovem contou que, em uma das ameaças, o acusado pediu de volta todos os presentes que teria dado à filha dela, incluindo roupas e um guarda-roupas. Ela afirmou que não via problemas em devolver tudo, mas que temia que, quando o fizesse, o acusado se aproveitasse para machucar a adolescente e ela.
Detido
Ainda durante os depoimentos, mãe e filha contaram que o homem já registrava envolvimento com o tráfico de drogas, comercializava cigarros contrabandeados do Paraguai e agia com agiota.
Ao ser encontrado, ele estava em poder de alguns maços de procedência desconhecida, além de determinada quantia em dinheiro.
Com base na Lei Maria da Penha, a delegada da DDM decidiu autuar o adulto em flagrante, arbitrando fiança, conforme determina a lei, para que ele pudesse responder em liberdade.
Como não pagou, ele foi recolhido numa cela do Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista, mas acabou liberado poucas horas depois em audiência de custódia realizada pelo Poder Judiciário.
Prevendo tal possibilidade, a DDM conseguiu ordem para que o acusado não se aproxime de mãe e filha. Caso descumpra a medida protetiva, ele será novamente recolhido à prisão, sem possibilidade de fiança.
